DIAMANTINO – Lorrane Cristina Silva de Lima pode ter sido abusada sexualmente após ser morta com 12 facadas pelo então companheiro José Edson Galdino Santos, segundo laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). A informação foi revelada pelo delegado Marcos Bruzzi, da delegacia de Diamantino, nesta quarta-feira (20).
Os laudos de necropsia e perícia no local do crime sugerem que José Edson possa ter tido relação sexual com Lorrane após o crime. “Ele nega esse fato. Ele confessou que após o crime tentou desbloquear o aparelho celular dela, porém não conseguiu. Depois que ele resetou (o aparelho) é que ele conseguiu ter acesso às mensagens que ele queria”, disse o delegado.
Um exame complementar será realizado para comprovar essa possibilidade. A posição do corpo e a presença de material genético na vítima levam a investigação para essa direção.
Lorrane foi assassinada com 12 facadas, 11 nas costas e uma no tórax. “Após uma discussão ele foi para o quarto dele dormir em posse de uma faca. No meio da madrugada ele entrou no quarto dela, perfurou o tórax dela e deu mais 11 facadas na região das costas dela. Ela veio a óbito por choque hemorrágico. Os filhos dela, um de cinco e um de sete anos, presenciaram. Ele fugiu dizendo que ia comprar remédio e que voltaria para casa e não voltou mais”, completou o delegado.
José Edson foi preso na noite dessa terça-feira (19), em uma rodoviária na cidade de Rurópolis, no estado do Pará. Às autoridades ele disse que ainda não sabia para onde iria.
Lorrane foi morta a facadas na madrugada do dia 12 de março, após uma discussão por ela não querer que José Edson olhasse o seu celular. O crime foi testemunhado pelos dois filhos dela, de 5 e 7 anos.
O crime só foi descoberto porque a diretora da escola onde as crianças estudavam estranhou a ausência delas nas aulas e foi até a residência da família em busca de informações. Ao perceber que as crianças estavam trancadas sozinhas, acionou a Polícia Militar.
Foi nesse momento que o corpo da vítima foi encontrado, em estado de decomposição, com a faca usada no crime ao seu lado e uma poça de sangue ao redor do corpo. Em conversa com a PM e o Conselho Tutelar, as crianças disseram que achavam que a mãe estivesse dormindo.
Lorrane e José Edson se conheceram em novembro do ano passado e viviam juntos há três semanas. Durante o interrogatório, o assassino disse que o relacionamento dos dois era conturbado por causa dos ciúmes dos dois.
José Edson relatou que Lorrane tinha acesso ao telefone dele, mas não deixava que ele mexesse no seu aparelho.