Um homem, ainda não identificado, é procurado pela polícia por importunação sexual contra pelo menos cinco vítimas na cidade de Ariquemes. Ele costuma usar uma motocicleta para se aproximar e passar a mão em mulheres. De acordo com a Polícia Civil, o número de vítimas pode ser maior.
Em julho, um grupo de ciclistas procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar a primeira queixa contra o suspeito, após a ação contra mulheres que andavam de bicicleta ser flagrada por câmeras de segurança. Desde então, outras vítimas descrevendo a mesma prática procuraram a unidade.
A esteticista Gabriela Oliveira, de 19 anos (FOTO), foi uma das pessoas que formalizaram denúncia contra o homem. Ela contou ao portal UOL que estava de moto quando foi alvo do assédio. O caso ocorreu por volta das 5h, logo após ela deixar o marido no trabalho.
“Estava descendo de moto e ele seguia no mesmo sentindo. Eu o ultrapassei e foi quando ele desligou o farol, se aproximou e apertou a minha bunda. Não tinha ninguém na rua e ainda estava escuro”, relatou.
Ela diz ainda que não foi possível detalhar as características físicas do suspeito porque ele estaria bastante coberto, usando calça, jaqueta e capacete, além de ter a viseira fechada.
“No momento que tocou em mim, comecei a gritar e acelerar muito a moto. Quando gritei e xinguei, ele virou em outro sentindo. Fiquei com muito medo, me senti desprotegida, não tinha ninguém ali para me socorrer e, na minha cabeça, ele viria atrás de mim para algo pior porque se mostrou ousado em me tocar. O que mais poderia fazer, né?”
Se identificado, o agressor deve responder pelo crime de importunação sexual, que é “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia (desejo sexual) ou a de terceiro”, conforme prevê o artigo 215-A, da lei 13.718, de 2018. Condenado, pode receber pena que varia de um a cinco anos de reclusão.
DENÚNCIA NECESSÁRIA
A Polícia Civil de Rondônia informou que mais vítimas podem ter sido alvo do suspeito, pois algumas mulheres chegaram relatar nas redes sociais, mas não procuraram a delegacia.
“Sabemos que outras vítimas não quiseram se identificar. Além disso, infelizmente, não identificamos esse suspeito. Qualquer informação deve ser repassada. Qualquer dado será muito bem-vindo”, afirmou ao UOL a delegada Rosa Maria Pinho, responsável pela investigação.
As denúncias podem ser encaminhadas pelo telefone (69) 3536-8425, de segunda a sexta-feira, entre 8h e 12h.
Via Uol