Na madrugada do último sábado, 15, a Polícia Militar foi acionada após uma menina de 12 anos dar entrada na UPA, em Vilhena, onde as informações preliminares davam conta de que ela teria sido vítima de um estupro cometido pelo padrasto.
Conforme os detalhes do caso, apurados pelos militares, a garota teria relatado a uma prima que o padrasto havia passado a mão em suas partes íntimas e praticado “atos libidinosos”, mas não chegou a consumar a penetração. A prima que ouviu a confidência relatou o ocorrido a uma tia, que por sua vez comunicou a violência sexual à mãe da criança e cobrou providências.
Ao ser abordada na UPA pela guarnição, a mãe não quis dar informações sobre o ocorrido, mostrando-se reticente em conversar. A garota também demonstrou temor e nervosismo, e não quis contar aos policiais os detalhes dos supostos abusos sexuais.
Diante da situação, a equipe policial deixou a pequena vítima aos cuidados de uma conselheira tutelar e de uma assistente social da própria UPA. Após vários minutos de conversa, a menina relatou às duas como tinha sido o abuso praticado pelo padrasto.
A criança relatou que, alguns dias atrás, a mãe colocou uma tranca em seu quarto, e toda vez que saía, pedia para ela se trancar e ficar brincando com o tablet, evitando que adormecesse.
Porém na data dos fatos (no último sábado), por volta das 5 horas da madrugada, ela adormeceu e acordou percebendo seu padrasto deitado ao seu lado, vestindo apenas uma toalha de banho e tocando suas partes intimas. Se sentindo acuada, a criança mandou mensagem para a mãe, contando o que tinha acontecido, e correu para casa da tia.
Diante da gravidade do episódio, a PM registrou o Boletim de Ocorrência, que será encaminhado para o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, para que as informações sejam investigadas. A recusa da mãe em colaborar com as autoridades pode indicar omissão ou tentativa de acobertamento, exigindo atenção redobrada.