Laryssa Yasmim Pires de Moraes, de 21 anos, é suspeita de ter matado a filha Júlia Félix de Moraes, de 2 anos e 2 meses de idade, a facadas. O caso aconteceu em Vicente Pires, na região rural do Distrito Federal (DF), na madrugada desta quinta-feira (13), no apartamento onde moravam a mãe, a vítima e o pai da criança.
A criança chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu os ferimentos e morreu no local do crime. Laryssa foi presa em flagrante. O casal foi levado à 12° Delegacia de Taguatinga, onde prestaram depoimento. As autoridades acreditam que a motivação do crime teria sido uma crise de ciúmes da mãe.
“Não sei, não sei, não sei. Matei minha filha! Tenho certeza que está num lugar melhor”, declarou a mãe aos policiais, quando foi encontrada ao lado do corpo da menina. Vizinhos disseram que, por volta da 5 h da manhã, ouviram o pai da criança gritando e pedido socorro, pois a filha estava morrendo.
O pai, Giuvan Félix, de 26 anos, também prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). Ele afirma que teria acordado com Laryssa apontado uma faca o rosto dele. Quando ele se virou, percebeu que a filha tinha sido golpeada com duas facadas: uma no rosto e outra no pescoço. O homem relatou que o casal morava junto há pouco tempo.
Segundo o delegado que conduz as investigações, Josué Ribeiro da Silva o rapaz ainda disse que Laryssa tinha uma personalidade difícil e era muito ‘festeira’. Ele contou que a mulher usava drogas e que pretendia sair da casa onde viviam porque estaria reatando um relacionamento homoafetivo com uma ex-namorada.
“Laryssa era festeira, não tinha emprego e usava drogas. Por conta desse comportamento, a mãe a expulsou de casa. Ela foi para a residência do pai da criança. Lá, informou que estava reatando com sua ex-namorada. Giuvan não aceitava que sua filha convivesse com essa situação e avisou que tomaria a guarda da criança, fato que Laryssa não aceitou”, afirma o delegado.
No entanto, Josué observou que o pai estava muito calmo e apresentava certa frieza durante o depoimento. Ele destacou que o rapaz foi encontrado de cueca e sujo de sangue, e com o rosto machucado. Além disso, o homem teria dado informações contraditórias, o que levanta suspeitas de ele tenha participado do crime.
Uma moradora do prédio que fica em frente ao da família disse ao Metrópoles não acreditar no que ocorreu. “Eu via a criança brincando na janela, sempre. Ela era linda. Gostava de cantar e brincava por horas. O pai é muito tranquilo. Trabalhador. Não estamos entendendo o que aconteceu”, disse a mulher, que preferiu não se identificar. Ela disse que os vizinhos ouviram o Giuvan gritando por volta das 5h desta quinta-feira que a mulher havia matado a filha.
Maria Gilmaria Sousa Espíndola, de 44 anos, é a proprietária do apartamento onde o casal mora. Ela diz que alugava o imóvel para o rapaz há mais de um ano. “Ele é muito jovem. Gente boa e nunca tivemos reclamações. Ela morava com ele há pouco tempo. Nunca houve reclamações sobre o casal. Era um apartamento muito organizado. Ela vivia com a menina para cima e para baixo. Para a gente do prédio, é assustador. Os vizinhos nunca ouviram barulho e nem presenciaram brigas”, declara.
Via Emais Goiás – *Com informações do Portal Metrópoles