Após 10 dias da morte de Welly Nascimento, baleado na cabeça em clube de tiro de Nova Mamoré (RO), foi divulgado novo laudo realizado pelos peritos do Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o documento o jovem morreu após sofrer “lesões crânio encefálicas“.
O traumatismo cranioencefálico (TCE) é quando ocorre um choque na cabeça na altura do crânio, independente de sua violência. No caso de Welly o projétil de arma de fogo penetrou o crânio, causando assim o óbito.
Welly, que era servidor municipal, foi baleado no dia 18 de setembro no clube de tiros onde era aluno, em Nova Mamoré. O principal suspeito pela morte é o instrutor e associado do clube.
Em depoimento à Polícia Civil, o treinador do clube de tiros disse que agiu em legítima defesa, após o aluno ter tentado tomar sua arma de fogo.
No entanto essa versão é desacreditada pela família da vítima, que pede aceleração na investigação do caso, pois o suspeito não ficou preso.
No dia do crime, a delegada plantonista liberou o instrutor alegando que “como apenas os envolvidos estavam presentes na sala em que os disparos aconteceram, não há como afirmar, por hora, se o agente teria agido em total legítima defesa ou se ele teria condições de agir de forma diversa, evitando possíveis excessos”.
Nesta semana a família de Welly Nascimento procurou o Ministério Público de Nova Mamoré para pedir Justiça e cobrar providências quanto a investigação do caso.
À Rede Amazônica, o MP informou que as informações sobre a investigação do caso já foram solicitadas à Polícia Civil. O objetivo é saber quais medidas foram adotadas até o momento pela delegacia.
A promotoria diz estar acompanhando as diligências, mas até o momento nada foi repassado.
Uma testemunha contou em depoimento que estava no clube de tiros no momento dos tiros, mas diz não ter presenciado Welly sendo baleado.
De acordo com o relato à polícia, o aluno foi até a sala do instrutor, fechou a porta e momentos depois a testemunha diz que ouviu os disparos de arma de fogo.