Ré de assassinato em Vilhena vai a júri popular, enquanto mandante do crime segue em liberdade

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Raqueline Leme Machado — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A recepcionista Raqueline Leme Machado, presa desde 2024 por suposto envolvimento no brutal assassinato do dentista Clei Bagattini, em Vilhena (RO), será levada a júri popular. A Justiça ainda não definiu a data do julgamento, mas a expectativa é que ocorra até o final deste ano.

O crime, que aconteceu dentro da clínica da vítima no centro da cidade, teve ampla repercussão na mídia local e nacional. Executado com vários tiros à queima-roupa, Bagattini não teve chance de defesa. O autor dos disparos, identificado como Maico Raimundo da Silva, fugiu de Vilhena no mesmo dia, mas morreu dias depois em confronto com a polícia.

As investigações iniciais indicaram que Maico não agiu sozinho. Em seguida, Raqueline e o então namorado, Maikon Sega Araújo, foram presos sob a acusação de participação direta no crime. As autoridades afirmaram, à época, que continuavam investigando a possível existência de um mandante, mas até hoje nenhum nome foi oficialmente apontado como responsável por encomendar a morte do dentista.

O caso sofreu um esvaziamento de informações após a morte do executor. Desde então, a motivação do crime e a identidade do mandante permanecem um mistério. O silêncio das autoridades contrasta com os rumores que circulam entre os moradores da cidade.

Mesmo contrariando a orientação de sua defesa, Raqueline decidiu não recorrer da sentença de pronúncia, que determina que ela vá a júri. Segundo apuração do Folha do Sul Online, a ré afirma ser inocente e deseja enfrentar o tribunal para provar sua versão dos fatos. “Ela quer ser julgada, quer limpar seu nome”, disse uma fonte próxima ao processo.

Já Maikon Sega, seu ex-companheiro, recorreu da decisão e não será julgado junto com ela. Isso significa que Raqueline será a única ré no julgamento previsto para ocorrer ainda este ano, o que pode resultar em sua condenação ou absolvição antes mesmo da definição sobre quem mandou matar Clei Bagattini.

Enquanto a Justiça se prepara para o julgamento de Raqueline, a sociedade vilhenense continua à espera de respostas. O silêncio em torno da motivação do crime e da ausência de um mandante oficial alimenta ainda mais a indignação e a sensação de impunidade.

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