Começou na manhã desta segunda-feira (17), na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho, a audiência de instrução para ouvir testemunhas do caso do assassinato do cabo da Polícia Militar, Elder Neves de Oliveira, de 36 anos, ocorrido no início da madrugada do dia 18 de janeiro deste ano, na avenida Pinheiro Machado, região central da capital. O sargento Thiago Gabriel Levino Amaral, então amigo e principal suspeito de praticar o crime, segue preso.
No total, 11 testemunhas devem ser ouvidas pelo juiz Áureo Virgílio Queiroz. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, a audiência terminou às 10h30 e uma nova acontece na próxima quinta feira (20). Foram ouvidas nesta segunda-feira, apenas três testemunhas: duas do MP (acusação) e uma do rol comum (acusação de defesa).
Após essa fase, o magistrado deve então decidir se o sargento Thiago Gabriel será levado a júri popular.
O caso
Testemunhas disseram que o cabo estava com Thiago Gabriel em uma casa noturna, nas proximidades de onde aconteceu o crime, quando houve uma discussão e eles teriam saído do local na caminhonete de Elder.
Durante o trajeto a discussão teria continuado até a vítima foi atingida por tiros na cabeça, perdeu o controle da direção e bateu o veículo em outro que estava estacionado.
Uma ambulância do Samu foi acionada, porém quando chegou o cabo já estava morto.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Thiago saiu de dentro da caminhonete. A vítima foi morta com dois tiros na cabeça.
Thiago foi preso no local do crime, com a chegada de uma equipe da Polícia Militar.
O cabo Elder era lotado na Força Tática do 5° Batalhão.
A denúncia do Ministério Público
O RONDONIAGORA teve informações sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público e há a narrativa para a possível causa do assassinato: a vítima teria repreendido o acusado em uma chácara, ainda no ano passado. O sargento então teria dito a duas mulheres que iria matar o cabo.
Na denúncia, o MP descreve que Elder Neves foi atingido por disparos na cabeça ainda quando dirigia a caminhonete, o que o levou a perder o controle da direção e colidido com um veículo que estava estacionado.
O MP cita que não há dúvidas que os disparos ocorreram dentro do veículo em movimento e que havia apenas o acusado e a vítima dentro da caminhonete. Além disso, os tiros foram praticados por uma pessoa que estava no banco traseiro.
Para o MP não há dúvidas: Thiago Gabriel queria matar o cabo Elder devido a um acontecimento no dia 25 de dezembro, na festa “Farofa do Titi”, quando o sargento foi repreendido pela vítima. O acusado então comentou com duas mulheres que iria matar Elder.