Na decisão em que tornou réu o policial civil Mario Wilson Vieira da Silva Gonçalves por ter matado o policial militar Thiago de Souza Ruiz, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que ele passe por avaliação psicológica “para aferir sua personalidade”.
“(…) deverá o Sr. Gestor Judicial agendar com psicólogo(a) deste fórum, dia e horário que deverá(ão) comparecer(em) o(a) acusado(a), ou então, passarem por avaliação via vídeo conferência”, diz o juiz na decisão.
Além disso, determinou que sejam periciados os vídeos do local do crime com o objetivo de verificar se foram editados ou se não há alguma irregularidade constatada no material. Também ordenou que sejam transcritos os diálogos dos interlocutores que aparecem nas imagens no prazo de 45 dias.
Também consta na decisão que sejam identificadas uma testemunha que aparece nas imagens usando camisa cor-de-rosa e os policiais que atenderam a ocorrência. O magistrado quer que eles sejam arrolados como testemunhas e que se necessário passem por acareação com as funcionárias do estabelecimento onde aconteceu o crime, já que, segundo o magistrado, “ao que tudo indica”, elas estariam “estão omitindo relatos do fato ocorrido”.
O homicídio aconteceu na madrugada de quinta-feira (27), em uma conveniência na frente da Praça 8 de Abril, em Cuiabá. Thiago chegou a ser levado para o Hospital Jardim Cuiabá, mas a morte foi declarada pouco depois, às 4h50 da manhã.
Mário fugiu logo após o crime, mas se entregou horas depois na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, onde prestou depoimento e foi autuado em flagrante pelo homicídio.
Em depoimento, ele disse não saber que Thiago era policial e, ao vê-lo armado, decidiu tomar a arma. Quando Thiago reagiu para pegar o revólver calibre 38 de volta, entraram em luta corporal e Mário decidiu atirar. Foram cinco tiros, dois pelas costas.
A Polícia Civil segue investigando o crime.