MP abre investigação sobre ação policial que deixou sete mortos em Porto Velho

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO) instaurou uma investigação para apurar as circunstâncias da operação policial realizada na tarde de terça-feira, 2 de julho, no bairro Triângulo, em Porto Velho. A ação terminou com sete mortos e um ferido, após confronto entre a Polícia Militar (PM) e suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Militar, os agentes cumpriam mandados de busca e apreensão quando foram recebidos a tiros por integrantes de uma facção criminosa. Houve intensa troca de tiros e oito homens foram baleados. Todos foram levados com vida ao Hospital João Paulo II, mas sete não resistiram aos ferimentos. O oitavo permanece internado sob cuidados médicos.

Apesar de outras instituições já atuarem no caso, o Ministério Público justificou a abertura do procedimento como forma de garantir que os fatos sejam integralmente esclarecidos. A atuação do MP busca garantir a legalidade da ação e a transparência nas apurações, sobretudo diante da gravidade do episódio.

Relembre o caso

O confronto ocorreu no bairro Triângulo, região central da capital, por volta da tarde de terça-feira (2). A operação fazia parte de uma ação maior contra o crime organizado, segundo a corporação. De acordo com o comandante da PM, coronel Régis Braguin, os policiais reagiram após serem atacados durante o cumprimento dos mandados.

As vítimas da operação foram identificadas como:

  • Alisson Maciao Carvalho
  • Yago Henrique Almeida dos Santos
  • Paulo Ricardo de Souza Mesquita
  • Edson Ribeiro da Costa Silva
  • Leandro de Castro Ferreira
  • Antônio Ociolando Rodrigues de Menezes – no Centro Cirúrgico
  • Vinicius Gustavo Silva de Souza
  • Richard André Pereira da Silva Santana

Conforme informações repassadas pela Polícia Militar, todos os envolvidos tinham antecedentes criminais. (Relembre o caso)

Investigação em andamento

O MPRO destacou que a apuração será conduzida com independência e rigor, observando os direitos fundamentais e a legalidade da ação policial. A Promotoria não informou prazo para conclusão da análise, mas ressaltou que o procedimento investigativo criminal inclui coleta de provas técnicas, oitivas e acesso a registros da operação.

A Polícia Civil também segue investigando o caso paralelamente, com o objetivo de esclarecer os detalhes da atuação dos suspeitos e o contexto do confronto.

A ação reacendeu o debate sobre a letalidade policial e a atuação das forças de segurança pública no combate ao crime organizado em Rondônia. Organizações de direitos humanos devem acompanhar os desdobramentos da investigação.

O caso segue sob sigilo durante a fase inicial do inquérito. Novas informações serão divulgadas à medida que o MP e a polícia avancem na apuração.

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