O júri popular realizado nesta sexta-feira, 03, considerou culpados os réus Eduardo Henrique Facicani, de 42 anos, e Messias de Oliveira Gonçalves, 31, que em 2019 espancaram um rapaz de 19 anos no bairro São José, em Vilhena. Lucas Gabriel de Oliveira Lima chegou a ser transferido para Cacoal, mas não resistiu e morreu no dia seguinte ao ataque.
Pouco mais de um mês após o crime, a Delegacia de Homicídios de Vilhena identificou e indiciou Eduardo e Messias pela morte de Lucas. O motivo alegado por Eduardo para o ataque foi que Lucas, supostamente, teria furtado alguns objetos da sua casa.
Na noite do crime, 20 de junho de 2019, Eduardo e Messias estavam em um bar, quando Lucas chegou, comprou algo e, ao sair, foi seguido pelos homens, que o alcançaram e o agrediram com socos e chutes. A sessão de espancamento só parou quando o rapaz não apresentava mais reação.
Apesar da violência do ataque, a dupla alegou que a intenção era “apenas dar um susto”. Eduardo e Messias foram julgados hoje por homicídio duplamente qualificado pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
A defesa pediu a desclassificação do crime de homicídio para lesão corporal seguida de morte; também defendeu a tese de homicídio privilegiado. Os jurados não acolheram nenhuma das teses defensivas, e reconheceram as qualificadoras do meio cruel e do recurso que impossibilitou a defesa da vítima, condenando os acusados.
Passava das 15h30 quando a juíza que presidiu o Tribunal do Júri leu as sentenças. Eduardo teve a pena dosada em 17 anos de prisão; enquanto Messias foi condenado a 16 anos de prisão. Os dois réus já estão presos e a juíza negou a ambos o direito de aguardar recurso em liberdade.
Fonte: Folha do Sul