Durante depoimento ao delegado José Getúlio Daniel, nessa segunda-feira (24), a grávida Bruna Felski, 26 anos, relatou que descobriu as traições de seu marido em setembro, mas desconfiava de ‘algo errado’ desde que descobriu a gravidez, em abril. No sábado (22), ela foi contar ao pai da amante sobre o caso e acabou matando duas pessoas.
Na conversa com o delegado, Bruna relatou que conheceu o marido em fevereiro de 2021, pelo Instagram. Ele trabalhava em Terra Nova do Norte e ela morava em Colíder. Em maio de 2021, o casal começou a morar junto em uma fazenda de Terra Nova do Norte.
Desde então, segundo Bruna, os dois sempre estiveram juntos e sempre tiveram um ótimo relacionamento, já que a relação boa do casal era visível. Os dois viajavam juntos e visitavam familiares.
Bruna e seu marido já tinham filhos de outros relacionamentos. Ele tinha três e a mulher tem um. Eles pensavam em ter um filho juntos, mas acabaram desistindo. Em abril deste ano, a mulher descobriu que estava grávida.
Logo no início da gestação, ela percebeu que o marido passou a ficar distante. Em junho chegou a conversar com o homem para saber se estava tudo bem e ele afirmou, segundo ela, não haver nenhum problema.
Em setembro, veio a surpresa para Bruna. Ela pegou conversas no celular do marido com a amante, enquanto ele dormia. Ela salvou as mensagens e mandou para seu telefone. A mulher então acordou o homem e falou que sabia de tudo. Ele não negou o caso com a outra mulher e disse que não havia o que dizer, afinal ela já sabia.
Ao saber do relacionamento extraconjugal do marido, a mulher foi passar uns dias com sua mãe, mas continuava conversando com o esposo. Poucos dias depois, retornou para casa e, no início deste mês, descobriu novas conversas entre seu marido e a amante. Novamente ela salvou as mensagens e enviou para si.
Bruna diz ter conversado com o marido, que disse que a amava e não queria se separar. Os dois então decidiram “passar uma borracha” no assunto e seguir a vida.
Porém, ela descobriu que seu filho e o filho da amante estudavam na mesma escola e andavam juntos. Além disso, Bruna relatou que a amante a conhecia e tinha ciência de seu casamento e gravidez.
Ela tentou conversar com a mulher sobre o caso dos dois em setembro, pelo Instagram, momento em que as duas discutiram. Bruna chegou a ligar para a mãe da amante, relatando sobre as traições e pedindo por ajuda, mas a mulher “não deu atenção”.
No sábado (22), Bruna estava na fazenda onde seu marido morava e resolveu ir até o imóvel onde a família da amante morava, na mesma região, para conversar com Genuir sobre o caso entre seu marido e a filha dele.
Após longa confusão, a grávida acabou atirando e matando Marcelo de Barros, 37 anos, e o pai dele, Genuir de Barros, 67 anos, irmão e pai da amante.
A Polícia Civil continua investigando o caso.