Por telefone, o site entrevistou, na manhã deste domingo, 14, a esposa do soldador Diego de Oliveira Coelho, de 28 anos, que morreu ontem em um “susposto” confronto com a Polícia Militar em Vilhena. A versão da corporação, que consta no Boletim de Ocorrência, diz que o rapaz teria apontado uma arma para a guarnição e foi divulgado pelo site Folha do Sul Online (Veja aqui)
De acordo com a esposa, que tem 26 anos e está no quinto de mês de gravidez, Diego não era “faccionado” e havia comprado o carro envolvido no episódio no dia anterior. Como o veículo estava com a documentação irregular e o novo dono não tinha habilitação, ela pediu que ele não saísse de casa.
“Eu acredito que ele pode ter corrido por medo de perder o carro e também por ter bebido a tarde, mas jamais por fazer parte de facção criminosa” A entrevistada conta que o marido, com quem estava há mais de um ano, demonstrava alegria com a chegada do primeiro filho homem (ele já era pai de duas meninas) era caseiro e evitava sair justamente por não ter habilitação, e ultimamente por causa da violência, “que está demais na cidade”, raramente ia para a rua. Um dos rapazes presos após a ação policial era primo dele.
A agora viúva disse que, após perceber, através de um vídeo publicado pelo Folha do Sul Online (Veja no final da matéria), gravado pelas câmeras de uma lanchonete, que o carro que estava fugindo da viatura era o que o marido havia comprado um dia antes, e que aparecia nas imagens, foi até o local onde aconteceu o tiroteio.
A entrevistada garante que Diego jamais usou arma e nem tinha esse tipo de material em casa. “Agora a gente quer saber a origem dessa arma supostamente encontrada, porque dele não é”, afirma.
Após ver o vídeo publicado com exclusividade por este site, a gestante foi até o local do confronto, e não se apresentou, “porque eu queria obter informações confiáveis; se eu falasse quem era, as pessoas iriam ficar com receio e não contariam o que aconteceu”.
A dona de casa disse que ouviu de testemunhas que Diego saiu de dentro do veículo com as mãos para cima e que em nenhum momento atirou, o que contraria a narrativa policial.
Bastante abalada, a entrevistada, que era diarista, mas parou de trabalhar por causa da gravidez de risco, disse que vai acompanhar as investigações sobre o caso, pois não confia nas informações que foram divulgadas até agora.
“Tiraram a vida de um trabalhador, pai, marido, filho, um homem de bem, de família. Queremos justiça!”, finalizou.