A autopsia realizada no corpo da gestante Luana Santos da Anunciação, de 19 anos, morta com um tiro na noite de terça-feira, 16, juntamente com o namorado, Keven Jonatham da Silva, apontou que o projétil que tirou sua vida não atingiu o bebê (LEMBRE AQUI).
A reportagem deste site, conversou com o perito que atendeu a ocorrência e ele afirmou que, devido a gestação de Luana estar avançada, foi realizada uma autopsia no corpo da jovem para a retirada do filho, e que o exame apontou que a bala perfurou o pulmão e o coração da jovem, mas não atingiu o feto.
Como o bebê não foi atingido pelo disparo de arma de fogo, a reportagem questionou o perito sobre a possibilidade de ele ter sido salvo, mesmo com a morte da mãe, e o servidor da Polícia Civil relatou que há possibilidade, como em muitos casos já divulgados na mídia, porém, cada segundo é crucial e cada minuto é uma eternidade nesse tipo de situação, e que para chances de que a criança seja tirada com vida após a mãe parar de respirar é uma corrida contra o tempo, e depende muito da agilidade do pedido de socorro.
“Quando uma pessoa se depara com uma situação como esta ou até mesmo de acidente onde haja vítima, a primeira atitude deve ser sempre acionar o socorro e depois a polícia, ou tentar ajudar, porque cada segundo quando se trata de vidas, é crucial”, afirmou o profissional.
Em contato com o comando do Corpo de Bombeiros, a reportagem questionou o motivo de Luana não ter sido conduzida ao hospital e foi informada que, quando a equipe chegou ao local, a mãe não apresentava mais sinais vitais, mas mesmo assim, foi verificada a possibilidade de movimento fetal e este também não foi encontrado.
Diante dos fatos, o corpo não foi removido para que a cena do crime não fosse modificada, uma vez, que ao no entender da equipe, já não havia possibilidade de nenhum dos dois estar vivo.
Reforçando a instrução do perito técnico, o comandante dos Bombeiros solicitou que em casos onde há vítimas, as testemunhas devem se atentar em acionar o resgate juntamente com a Polícia Militar, pois cada segundo é de suma importância no salvamento de uma vida.
Após ser retirado do ventre de Luana, o bebê foi sepultado ao lado do rosto dela, no mesmo caixão, e mesmo o crime tendo feito três vítimas, o caso não é considerado triplo homicídio, pois a lei enxerga o feto com possibilidade de vida e, caso o responsável seja identificado e preso, responderá por duplo homicídio, mais o aborto do feto sem o consentimento da mãe, que se enquadra no previsto no Artigo 125, “caput”, do Código Penal.
Fonte: Folha do Sul
Autor: Leir Freitas