O dono de uma chácara, 40 anos, nome não divulgado, localizada na zona rural de Alto Araguaia (415 km da Capital), forjou um assalto em sua propriedade para que o amigo João Marciano Moraes Irigaray, 44 anos, fosse assassinado e o crime fosse registrado como latrocínio, roubo seguido de morte.
O dono da propriedade tinha uma relação de amizade com João Marciano e a motivação para o crime seria uma dívida do assassino com a vítima.
O fazendeiro contratou dois rapazes sendo um funcionário da propriedade e o outro de fora, 21 e 23 anos, para executar o crime na manhã dessa quinta-feira (22). O ‘assassino’ ainda foi baleado pelos comparsas com a intenção de dar mais credibilidade ao fato de que foi um latrocínio.
Conforme o combinado, os dois rapazes ‘invadiram’ a chácara, assassinaram João Marciano, balearam o proprietário e fugiram da propriedade levando celulares, talões de cheques e outros objetos após o roubo forjado.
Assim que o crime foi comunicado à Polícia Militar (PM), a chácara foi isolada, o proprietário ouvido e encaminhado à unidade hospitalar.
Os militares acionaram o Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsáveis pelos procedimentos cabíveis à ocorrência na cena do crime.
Os peritos analisaram as condições em que o corpo foi encontrado e ainda periciaram todo o local para coletar evidências que determinassem as circunstâncias do crime.
Em seguida, o cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia.
Os investigadores, com apoio da Polícia Militar, realizaram várias buscas e conseguiram chegar aos assassinos. Com eles foram apreendidos três revólveres, duas espingardas, várias munições, celulares, talões de cheques e outros objetos levados da chácara durante o “roubo”.
A apuração dos fatos constatou que o crime foi forjado pelo dono da chácara, que inclusive, disse aos executores para que disparassem contra ele como forma de dar mais veracidade à trama.
Os dois assassinos foram presos em flagrante por crime de homicídio qualificado, encaminhados à delegacia e ouvidos pelo delegado Fábio Nahas Pereira. Em seguida, entregues na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa.
O mandante do crime segue internado no hospital, escoltado pela polícia, e também será encaminhado à penitenciária após alta médica.
O delegado já representou na Justiça para que a prisão em flagrante dos três seja convertida em preventiva e os assassinos continuem na cadeia.
Via Repórter MT
Por Mário Andreazza