A servidora pública federal, Silvanilde Ferreira Veiga, diretora da 15ª Vara do Trabalho, em Manaus (AM), foi assassinada na noite de sábado, 21, dentro do apartamento onde morava, no condomínio Gran Vista, bairro Ponta Negra. O corpo foi encontrado pela própria filha, Stephanie Veiga de Miranda, por volta de 22h30.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, Stephanie mandou mensagens para o celular da mãe por volta de 22h. Como não houve qualquer resposta, entrou em contato com a portaria do prédio, que relatou que também não conseguia contato com Silvanilde via interfone.
“Ao chegar ao apartamento, avistou a mãe estendida no chão, de bruços, deitada em uma poça de sangue. Tentou acionar o SAMU, que só chegou ao apartamento às 23h06. A única coisa que sumiu do apartamento foi o telefone celular dela”, aponta o documento da polícia.
Um detalhe que chama atenção é de que não havia sinais de arrombamento na porta do apartamento, onde a vítima morava há mais de 10 anos. No apartamento também foi encontrada uma faca de inox.
De acordo com a polícia, as câmeras de segurança do prédio devem auxiliar na investigação do caso.
PARENTES EM VILHENA
Silvanilde trabalhou por muitos anos no Fórum de Vilhena, onde morou até 1984. Vários familiares dela ainda residem na cidade, e alguns viajaram para a capital amazonense para acompanhar o caso. Em Manaus, onde será realizado o sepultamento, a vilhenense teve a única filha e, lá, ela foi aprovada em um concurso da Justiça do Trabalho. A filha, inclusive, morava com ela, mas não estava no apartamento quando a mãe foi assassinada.
Uma familiar da servidora, que tinha 58 amos, ouvida pelo FOLHA DO SUL ON LINE, disse que o crime é um mistério, pois nada foi levado do apartamento. A entrevistada disse que havia sinais de tortura no corpo de Silvanilde, que apresentava várias perfurações de faca. O celular dela foi usado para fazer uma ligação para a filha. O autor da chamada, no entanto, não disse nada.