A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta desta quinta-feira (30) Operação Carontes para desarticular um grupo criminoso especializado no “monitoramento de órgãos de fiscalização”, como a PF, Ibama e secretarias de meio ambiente.
Segundo as investigações, o grupo tem um esquema para facilitar a exploração e transporte de madeira extraída ilegalmente de terras públicas da União, em maioria das Reservas Roosevelt e Aripuanã em Espigão D’Oeste (RO) e Cacoal (RO) – as duas áreas são habitadas por povos indígenas.
Nesta manhã são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Espigão e Cacoal. Entre os investigados está um agente da segurança pública do estado de Rondônia, segundo a PF.
As investigações começaram quando uma pessoa foi presa ao ser flagrada com um radioamador usado para comunicação clandestina.
“Olheiros” e “batedores” eram responsáveis por comunicar madeireiros, caminhoneiros e outros exploradores de madeiras sobre a presença de policiais ou agentes ambientais trabalhando dentro das terras da União. Quem recebia as informações sobre as fiscalizações ambientais pagava valores pré-definidos pelo serviço.
“As informações repassadas continham vários dados a respeito dos órgãos de fiscalização que estivessem na região, como as características do veículo, localização, direção de deslocamento. Em alguns casos, quando utilizados aplicativos de mensagens de celular, as informações eram acompanhadas de fotografias do veículo e dos agentes públicos”, informou a PF.