A reportagem (fonte acima) conversou, na manhã de sábado, 22, com um irmão do comerciante Adelmo Umbelino dos Santos, de 38 anos, conhecido como “Gordinho da Liga”, assassinado a tiros na área rural de Chupinguaia na tarde de ontem (VEJA AQUI).
De acordo com o familiar, que esteve no local do crime, as primeiras informações de que a vítima estava bebendo com outra pessoa não procedem. “Havia embalagens de cerveja vazias, mas as bebidas não haviam sido consumidas ontem”, disse.
O irmão contou ter obtido a informação de que Adelmo havia chegado do mato e estava na varanda de casa, quando foi atingido pelos tiros. Após o primeiro disparo, já caído, ele foi baleado outras seis vezes na região da cabeça e morreu no local. “Provavelmente o assassino estava seguindo ele”, argumentou.
Apesar dos rastros de moto na casa onde aconteceu o assassinato, a polícia ainda não sabe quantas pessoas participaram da execução, e também não tem pistas sobre a autoria ou a motivação do homicídio.
A mulher com quem “Gordinho” morava atualmente estava na casa e disse ter escutado o primeiro tiro. Ela contou ter saído correndo pela porta dos fundos e acionado a polícia do distrito do Guaporé, que foi ao local e encontrou o cadáver com as perfurações de bala.
Nascido em Colorado do Oeste, onde será sepultado após o corpo passar por necropsia em Vilhena, Adelmo deixa três filhos (dois meninos e uma menina) de dois relacionamentos anteriores. As crianças têm 4, 5 e 6 anos, respectivamente.
O irmão disse que não tinha conhecimento do envolvimento de “Gordinho” em grilagens de terras na região. E explicou que ele havia ganhado o apelido de “Da Liga” por prestar serviços ao fundador da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), grupo com envolvimento em conflitos agrários no Cone Sul de Rondônia.
“Ele já havia atuado na extração de madeiras, mas ultimamente só trabalhava comprando e revendendo gado”, disse o entrevistado.