A empresária Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor, acusada de mandar matar o próprio marido, o também empresário Toni Flor, deverá enfrentar o júri popular pelo crime, em Cuiabá. A determinação foi feita na última segunda-feira (11), pelo juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal.
Toni foi assassinado com cinco tiros na frente de uma academia que frequentava, no dia 11 de agosto de 2020, no bairro Santa Marta. O crime foi encomendado por R$ 60 mil.
De acordo com a denúncia, a ré tinha intenção de ficar com a herança do marido que, segundo consta no inquérito policial, dias antes de ser morto manifestou desejo de separação.
Ana Cláudia deverá responder por homicídio qualificado por motivo torpe, por dificultar a defesa da vítima, ser contra o cônjuge e concurso de agentes.
Além dela, Igor Espinosa, Wellington Honoria Albino, Dieliton Mota da Silva, Sandro Lucio e Ediane Aparecida da Cruz Silva também serão submetidos ao Tribunal do Júri.
Prisões mantidas
Em sua decisão, o magistrado ainda decidiu manter a prisão dos acusados, exceto de Sandro Lúcio.
A defesa da empresária havia requerido a revogação da prisão preventiva, no entanto, Miraglia salientou que a acusada ainda ostenta “periculosidade acentuada” e ainda citou a ameaça relatada pelo atirador Igor, durante audiência.
“Ademais, é relevante rememorar a dissimulação ostentada durante os trabalhos investigativos, com entrevistas e carreata, de modo que a revogação da segregação cautelar trará embaraços processuais, seja pelo temor ostentado por um dos codenunciados ou pela vulnerabilidade dos depoimentos que serão prestados pelas testemunhas, visto que esta fase se trata apenas de admissibilidade da acusação”, disse.
Fonte: Repórter MT
Por Daffiny Delgado