A partir de agora, quem consumir drogas ilícitas e assumir a direção de um veículo poderá ser flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Ji-Paraná, em Rondônia (RO), por meio da digital. A tecnologia do drogômetro, adquirido agora no final de junho, pela instituição policial, é capaz de captar, por meio do suor, retirado da ponta dos dedos dos motoristas, o consumo de substâncias psicoativas ilícitas, como, por exemplo: cocaína, maconha ou anfetaminas. A identificação acontece em até 10 minutos.
O equipamento que realiza o teste é fabricado pela inglesa Intelligent Fingerprinting. No Brasil, esse drogômetro é representado com exclusividade pela Orbitae, empresa de diagnósticos humanos e forenses. “Com o uso dessa tecnologia é possível detectar, pelo menos, 12 tipos diferentes de substâncias ilícitas no organismo da pessoa. Além disso, ainda é possível saber quais foram as substâncias, mesmo após 10h do consumo”, destaca Rodrigo Silveira, diretor da Orbitae.
O executivo ressalta que quando comparado a outros tipos de testes de detecção de substâncias ilícitas, com os que avaliam o sangue, a urina ou a saliva, por exemplo, o drogômetro que analisa o suor tem outras vantagens. “Ele pode ser descartado em lixo comum, por não oferecer nenhum tipo de risco biológico, diferente dos demais, evitando assim o contágio da covid-19”, diz.
Segundo Ângela Brôndolo, chefe da 2ª delegacia da PRF/RO, o Intelligent Fingerprinting será aplicado na fiscalização de rotina do Estado. “O drogômetro pelo suor foi escolhido por ser menos invasivo, se comparado aos outros métodos, mais prático para a fiscalização e por ser mais assertivo e rápido na entrega dos resultados”, comenta.
Ângela acrescenta ainda que, durante a aplicação do teste há um cuidado para identificar o condutor, detalhando o nome e o CPF do motorista antes da utilização do equipamento que fará a análise do suor, por meio da digital. “Esse é um drogômetro que contribui ainda mais para uma maior efetividade da atividade policial, principalmente nos casos de configuração do crime previsto no art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, que é dirigir sob a influência de álcool ou substancia psicoativa”, diz.
O drogômetro, que será utilizado na cidade rondoniana, já é adotado em outros países espalhados pelo mundo, como: Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e, em vários europeus.
por Regiane Garcia – Assessora de imprensa