Dois anos após o assassinato de Antonieli Nunes, em Pimenta Bueno (RO), a família ainda aguarda a marcação de uma data para o julgamento do caso. O réu, Gabriel Henrique, é acusado de matar Antonieli para não assumir a paternidade do filho que ela esperava.
Gabriel foi pronunciado há mais de um ano. A sentença determina que ele seja submetido a júri popular por feminicídio cometido por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Gabriel também é acusado pelo crime de aborto, já que Antonieli estava grávida.
Recentemente, dois recursos foram apresentados pela defesa de Gabriel em instância superior, ou seja, pedindo que os argumentos sejam analisados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O desembargador relator deve analisar os recursos e decidir se encaminha o caso para a instância superior.
Em 2022, o processo passou cerca de quatro meses paralisado depois que a defesa de Gabriel Henrique entrou com um pedido de avaliação psiquiátrica, alegando que ele sofre de insanidade mental. No entanto, o laudo final anexado ao processo indica que Gabriel “tem total capacidade e discernimento para averiguar o que é lícito e ilícito”.
Gabriel está preso na Casa de Detenção de Pimenta Bueno.
Relembrando o caso, a morte de Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, chocou todo o país em fevereiro de 2022. Ela foi encontrada morta em cima da cama por familiares com sinais de asfixia e perfuração no pescoço por um objeto cortante.
Gabriel Henrique, acusado de ter cometido o crime, é casado e manteve um relacionamento extraconjugal com Antonieli por 10 meses. Um dia antes do crime, Antonieli revelou que estava grávida e não queria esconder quem era o pai.
Em depoimento, Gabriel contou que teve um “ataque de ansiedade” e começou a estrangular Antonieli enquanto eles estavam deitados “de conchinha”. Ele revelou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, “de tanto que havia apertado o pescoço” dela.