Com uma estrutura arcaica para não dizer caindo aos pedaços, a realidade no tocante à estrutura física da Delegacia de Polícia Civil do município de Costa Marques é o retrato fiel do desleixo, da falta de respeito e até de responsabilidade civil e criminal por parte do governo estadual que projeta uma outra especializada do porte da Delegacia de Polícia de Alvorada, que funciona no padrão de primeiro mundo, ou seja, dotada de espaço utilizado pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiro igual à de Nova Brasilândia que tem o mesmo modelo da Delegacia de Polícia de Alvorada, porém por questão política a especializada que tanto o povo do município de Costa Marques lutou, na verdade, nunca saiu do papel, porém em véspera de eleição, volta o discurso demagógico de candidatos que promete o impossível e nada de construção de prédio novo para abrigar uma delegacia de boa qualidade.
O prédio hoje onde funciona a DEPOL de Costa Marques é um dos mais antigos e foi cedido pela prefeitura há muitos anos. Antes servia para abrigar um pequeno contingente de, no máximo, três policiais federais, lotados na Delegacia da Polícia Federal com sede em Ji-Paraná, que até o ano passado, prestavam serviço esporádico em Costa Marques fazendo expediente mais administrativo, como carteira de identidade e CPF para os bolivianos radicados há anos no município, para obterem a cidadania brasileira e, principalmente benefícios assistenciais da União. Em 2013, no final do segundo mantado presidencial de Luís Inácio Lula da Silva, Tomás Bastos, ex-ministro da Justiça no governo petista, esteve pousando no Forte Príncipe da Beira e, posteriormente, foi até a cidade de Costa Marques, mais exatamente no porto para “inaugurar” a tão sonhada sede da Polícia Federal na cidade, hoje um imóvel que mais parece uma pequena “Cracolândia”, usada por dependentes químicos, que afugentam os visitantes e impedem até mesmo a volta deles para conhecerem um dos lugares mais encantados e belos que há no Estado de Rondônia. Mas tudo isso virou pesado e o sonho de que um dia possa existir uma DEPOL com melhor estrutura, que pode ser usada também pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiro, obviamente, poderia até diminuir a traficância na região, que, lamentavelmente, a segurança pública está perdendo a guerra contra um dos males que desgraçam milhões de famílias brasileiras, devido ao consumo de drogas ilícitas, sendo Costa Marques como passagem da substância levada para grandes centros nacionais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e agora, mais de forma intensa, o nordeste, especificamente no Estado de Ceará, por meio da capital, Fortaleza, que tornou ultimamente uma das mais concorridas para a venda de drogas para o exterior, com a presença de quatro organizações criminosas com ramificações oriundas do sudeste brasileiro.
Mesmo com um quadro difícil como esse, ainda é possível contar com os serviços prestados pela DEPOL de Costa Marques, uma vez que os seus servidores que ali atuam vêm fazendo o possível e o impossível para dar conta de centenas de inquéritos de toda natureza, principalmente de crimes relacionados à Lei Maria da Penha, droga, roubos, furtos, consumo de entorpecentes, sem falar àqueles ligados em fraudes cometidos por agentes púbicos que ainda insistem na rapinagem do dinheiro púbico por meio de organizações que praticam assalto ao dinheiro púbico por artifícios voltados a processos licitatórios contaminados pelo “sangue” da corrupção, uma praga daninha igual tiririca: quanto mais combate, mais cresce e é o motivo pelo atraso do município às políticas públicas de boa qualidade em favor da população, onde sua grande maioria, é classificada como de renda mínima e excluída de projetos governamentais, como por exemplo, inserção no ensino público, a ferramenta mais útil para o progresso se materializar no município como fonte de redenção caso priorizasse o meio ambiente para tornar o tesouro municipal independente e sem nenhuma obrigação dos chefes dos poderes constituídos irem, mensalmente, a Porto Velho e Brasília com o “pires” na mão em busca de recurso que mal dá para pagar o funcionalismo púbico local.
No início do governo Marcos Rocha, o vice-governador “falante” de Rolim de Moura, por nome de Jose Atílio Salazar Martins, que é mais conhecido pelo apelido estapafúrdio de “Zé Jordan”, não saía da cidade de Costa Marques. Casado, empresário, nascido em 07/08/1952, em Paranavaí (PR), voltado à atividade vida particular à comercialização de cereis na cidade onde mora atualmente, da qual já elegeu dois governadores, Valdir Raupp, Ivo Cassol, senadores, deputados federais e estaduais, que hoje tem prefeito cassado quase que semestralmente, uma situação vergonhosa ao povo deste grande município do Estado de Rondônia.
Há meses que o vice-governador de Rondônia desapareceu de Costa Marques igual Doril. Possivelmente deve ter voltado a trabalhar na sua máquina de beneficiar arroz em Rolim de Moura, desfrutando do salário de vice-governador, bem como ganhando mais renda na vida particular, acumulando ativos financeiros que não fazem mal a nenhum agente político que se apresentou no ano passado como “amigo e companheiro do povo” de Costa Marques para ser o responsável pela construção do “porto da redenção” que iria alavancar a economia no município, empreendimento esse que deveria ser construída no Forte Príncipe da Beira, porém o Exército disse não e o projeto parece que morreu de novo. Sem não fosse o ex-governador Daniel Pereira, não seria possível falar desse assunto novamente porque o povo cansou de palavras ao vento e teórica que serve para nada, pois a prática é o caminho da verdade e inimiga da retórica discursiva oriunda de “representante” paraquedista que todo início de mandato de governo estadual é a mesma repetição de sempre: ladainha, igual novela mexicana, discurso vazio que já virou piada no município que não acredita mais que possa acontecer algum milagre que consolide a construção da tão sonhada Unidade Integrada de Segurança Pública, para servir como novo prédio à Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiro, que só não foi para Costa Marques devido à ingerência de deputado com representação na cidade de Alvorada, do qual todos já sabem quem é o cidadão. Enquanto isso, continua a triste realidade na área da segurança pública no município de Costa Marques, entregue à própria sorte, mas pelo menos os servidores lotados na especializada trabalham o dobro de outras unidas sem vantagem salarial por ser local considerado de fronteira, semelhante aos servidores lotados no fórum da comarca, que lutam há anos por esse benefício que virou também novela mexicana: sem fim e sem esperança de um final feliz para todos.
Da redação – Planeta Folha