O corpo de Jomar Lanes da Costa, de 50 anos, foi localizado nesta quinta-feira (17), cerca de 20 quilômetros rio abaixo do ponto onde ele desapareceu, no rio Aripuanã, em Colniza (MT). O homem estava desaparecido desde a tarde da última terça-feira (15), quando saiu para uma pescaria com amigos.
O caso, inicialmente tratado como um afogamento acidental, passou a ser investigado com mais atenção após relatos contraditórios de testemunhas e dúvidas levantadas por familiares da vítima.
De acordo com as informações apuradas, Jomar e um grupo de amigos saíram por volta das 15h para pescar. Durante o passeio, a embarcação virou, lançando todos os ocupantes no rio. Segundo uma das testemunhas, Jomar teria se recusado a voltar ao barco após receber ajuda, dizendo que estava bem e conseguiria nadar até a margem. Foi a última vez que ele foi visto com vida.
No entanto, os três amigos que estavam com ele deram versões contraditórias em depoimento à polícia. Uma das divergências envolve o possível consumo de bebida alcoólica por parte da vítima durante a pescaria.
O irmão de Jomar, ao chegar ao local, notou a falta de preocupação dos amigos com o desaparecimento e registrou um Boletim de Ocorrência (BO) questionando a versão apresentada. Ele também relatou que cartões de crédito e outros pertences de Jomar não foram entregues à família, o que aumentou a desconfiança.
Outro ponto que chamou atenção foi o fato de que, dias antes do desaparecimento, Jomar havia vendido alguns bens, o que levanta suspeitas sobre a motivação do ocorrido e um possível envolvimento de terceiros.
A Polícia Civil de Colniza investiga o caso e não descarta nenhuma hipótese, incluindo a possibilidade de crime.
Jomar era morador de Colniza, onde trabalhava como cabeleireiro e era irmão de Juarez, um profissional bastante conhecido e querido na cidade de Rolim de Moura (RO).