O Tribunal do Júri de Cerejeiras condenou nesta segunda-feira (19) dois homens acusados de envolvimento no assassinato de Flávio Gomes dos Santos, conhecido como “boiadeiro”, morto a tiros em 2021 enquanto estava em um bar da cidade. O julgamento durou cerca de oito horas.
Um dos réus é Pedro Loureiro da Fontoura, conhecido como “Magro”, que já havia sido condenado anteriormente a 17 anos de prisão pelo homicídio do ex-vereador Delvi Pardim de Jesus, de 67 anos, executado com mãos e pés amarrados no município de Vilhena. Agora, Pedro foi condenado a mais 30 anos de reclusão pela morte de Flávio Gomes, somando um total de 47 anos de prisão.
O segundo réu, Márcio Dias da Silva, conhecido como “Marcinho”, foi condenado a 19 anos de prisão. Ele vive atualmente nos Estados Unidos e acompanhou o julgamento à distância, sendo representado no tribunal por seus advogados, Lídio e Márcio Chaves Barbosa, ambos de Colorado do Oeste.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Marcinho teria efetuado os disparos contra Flávio Gomes, com o apoio de um piloto de moto. Um terceiro nome citado na época, Jeferson França Godoi, suspeito de ter conduzido o veículo usado na fuga, nunca foi formalmente denunciado e não é visto na região desde a época do crime.
As defesas de Pedro e Márcio afirmaram que vão recorrer das condenações. Os advogados alegam que as acusações do Ministério Público se basearam apenas em indícios e não em provas concretas.
O caso segue gerando repercussão no Cone Sul de Rondônia, especialmente por envolver réus com histórico criminal e conexões com crimes violentos na região.