A Associação dos Praças e Familiares da PM e BM RO – ASSFAPOM, teve acesso a uma ocorrência registrada na Delegacia da Mulher em Porto Velho, por uma oficial da Polícia Militar de Rondônia, que alega ter sido assediada sexualmente por mais de um ano pelo atual comandante geral, Coronel Alexandre Luís de Freitas Almeida.
De acordo com as informações contidas no Boletim de Ocorrência, a oficial trabalhou por mais de um ano com o comandante e, neste período, passou a notar atitudes diferentes de Almeida, que já tentou beijá-la no rosto quando esteve a sós com a vítima dentro de uma viatura oficial da cooperação, durante viagem para o município de Cacoal.
Segundo a vítima, Almeida insistiu por diversas vezes em lhe dar presentes, mas ela não aceitava. O coronel também prometeu que lhe mandaria para Brasília, por ter influência, para que ela ficasse à disposição da Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp e assim que a transferência fosse realizada, largaria tudo para ir morar com ela na capital federal. Ao ter a recusa de sua proposta, Almeida não tocou mais no assunto de Brasília e irritado, transferiu a oficial para outra unidade sem qualquer comunicado, apenas para mostrar que quem manda é ele.
Consta no Boletim ainda que o Comandante é casado e sua esposa passou a perseguir a vítima lhe acusando de ser amante do seu marido, conforme consta no boletim. Além de ser perseguida pelo comandante geral, passou a ser ameaçada pela esposa do comandante. A companheira de Almeida passou a ir na casa da vítima, local em que importunou sua mãe com várias perguntas sem cabimento, foi atrás da oficial na academia em que realiza suas atividades físicas, onde praticou inúmeras ameaças e xingamentos.
Se sentido contrariado porque a vítima não sedia as suas chantagens, o comandante da PM está há pelo menos 40 dias tentando transferir a vítima para alguma unidade no interior de Rondônia. O caso foi registrado contra Almeida pelo crime de assédio sexual e contra sua esposa pelo crime de ameaça.
A associação vai buscar todos os meios legais para que esse caso não seja abafado e que o Ministério Público apure com rigor os fatos noticiados na ocorrência.
Via ASSFAPOM