A Polícia Federal está executando, dede as primeiras horas da madrugada desta quinta-feira (9), a 3ª fase da Operação Ptolomeu, deflagrada em dezembro de 2021, e que foi retomada hoje no Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal.
Além da Polícia Federal, participam da Operação agentes da CGU (Controladoria Geral da União) e Procuradoria-Geral da República (PGR). Ao todo são 300 homens em ação para cumprirem 89 mandados de busca e apreensão numa investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro no Acre.
A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tramita a ação desde 2021.
De acordo com a Polícia Federal, nas primeiras investigações, foi identificada a existência de organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais.
Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.
Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.
O STJ decretou ainda inúmeras medidas cautelares, dentre as quais: a suspensão do exercício da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos, o impedimento de contato entre os investigados e a proibição de se ausentar do país, com a entrega de passaportes no prazo de 24 horas.
Ptolomeu foi um cientista, astrônomo e geógrafo de origem grega, que primeiro catalogou a Constelação do Cruzeiro do Sul em seu livro Almagesto, produzido no século II.