Na sexta-feira, 7, a Polícia Civil ouviu sete testemunhas do caso de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que foi encontrada morta após passar uma semana desaparecida. Além disso, três veículos foram apreendidos e encaminhados para perícia. O caso continua em investigação.
As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Ao Terra, foi explicado que outras diligências estão em andamento para identificar o autor do crime e esclarecer os fatos. No total, sete homens são investigados pelo crime.
“Exames foram solicitados aos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC) e os laudos estão em elaboração, sendo analisados pela autoridade policial tão logo forem concluídos”, complementou a polícia.
Ex-namorado
Na quinta, 6, o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius, de 26 anos, apresentou-se na delegacia. O delegado Aldo Galiano Junior afirmou, em coletiva de imprensa, que chegou a pedir a prisão temporária dele devido a inconsistências em seu depoimento, mas ainda investiga se há envolvimento dele no crime. A Justiça, no entanto, negou o pedido de prisão.
“A menina [Vitória] desapareceu por volta de 0h15 e 0h30, e ele disse [à polícia] que estava com outra garota, o que essa outra menina confirmou. Só que nós temos uma prova contundente que ele estava perto do cenário do crime por volta de 0h35”, afirmou a autoridade policial. Além disso, segundo Galiano, Vitória havia mandado mensagem para Gustavo Vinícius pedindo carona do ponto final do ônibus até a casa dela.
Mais sobre a investigação
Vitória morava na região de Cajamar e trabalhava em um restaurante do shopping. Até que, no fim de fevereiro, durante uma noite, ela saiu do trabalho, entrou em um ônibus para ir para sua casa, mas não chegou.
Durante o trajeto, em uma troca de mensagens no WhatsApp com uma amiga, Vitória comentou que estava com medo por conta de dois rapazes que estavam no ônibus. Nenhum deles desceu no mesmo ponto que ela. Ela chegou a relatar à amiga que estava mais aliviada.
Até o momento, a polícia investiga sete pessoas: o ex-namorado, um ex-ficante, os dois homens que entraram no ônibus com ela e dois homens que estavam em um veículo e teriam a assediado.
O sétimo investigado é um amigo de Gustavo, dono do carro que foi emprestado a ele e visto próximo ao cenário do crime. Esse amigo do ex-namorado da vítima ainda não foi localizado pela polícia, segundo últimas informações disponibilizadas.
Além disso, o delegado Aldo Galiano Junior, que está à frente do caso, afirmou que entre as linhas de investigação a polícia apura a possibilidade de vingança, devido aos requintes de crueldade e ao cabelo raspado da vítima, e uma suposta participação de uma facção criminosa.