O marido de Riene Ravache foi preso temporariamente na última terça-feira (7) suspeito de participação no homicídio da esposa, que aconteceu em outubro deste ano na zona rural de Buritis (RO).
Segundo a Polícia Civil, o homem passou a ser investigado como suspeito após ter passado informações que não coincidiam com o apurado no local do crime.
“Na manhã seguinte ao crime o esposo da Riene foi oitivado nessa delegacia, passou a dinâmica do fato e daí iniciaram-se os trabalhos de investigação. Os nossos policiais conseguiram colher no local do crime objetos, entre esses objetos um capacete, que influenciou muito na linha investigativa que adotamos. A dinâmica do fato narrada pelo esposo despertou nos investigadores essa linha investigativa. Aquele fato narrado não coincidia com o que nós apuramos no local do crime”, explica o delegado Leomar.
O delegado também conta que um dos suspeitos de participação no crime, que é ex-funcionário do casal, fugiu da cidade durante as investigações.
“Ele não foi intimado, mas teve essa movimentação atípica entre ele e o esposo da vítima, e ele estava muito emotivo também durante o velório da vítima, ele chorava abundantemente. Isso foi fundamental para que fossem colhidos outros elementos de provas que foram materializados no inquérito para fundamentar essa primeira fase da investigação”.
As investigações continuam sendo realizadas e devem ser concluídas dentro de até 60 dias, conforme o delegado. O caso é tratado como crime de feminicídio.
Relembre o caso
Uma mulher identificada como Riene Ravache Rocha Oliveira foi morta a tiros na madrugada do dia 3 de outubro em Buritis (RO). O companheiro dela foi quem chamou a polícia e relatou os detalhes do crime.
De acordo com depoimento dado pelo homem à polícia, ele e Riene estavam bebendo em um bar e por volta de 1h40 decidiram ir pra casa. Quando chegaram em frente da residência, que é uma chácara, a mulher desceu da motocicleta para abrir a porteira e foi atacada a tiros.
Segundo o boletim de ocorrências, a vítima foi atingida no pescoço e próximo ao queixo do lado esquerdo. Quando a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram, ela já estava morta.
O marido da vítima disse que não sabia informar a identidade de possíveis suspeitos. Na época, ele foi encaminhado pela polícia, como testemunha, para prestar esclarecimentos.