Começou nesta sexta-feira (11) o julgamento de Ana Clara Marquezini, acusada de ser a mandante do assassinato do ex-namorado e campeão de rodeio Carlos Júnior, conhecido como “Juninho Laçador”. O crime aconteceu em 2022, na cidade de Vilhena, e chocou a população local.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), o júri popular acontece no Fórum de Vilhena e deve se estender até a meia-noite. Ao todo, foram arroladas dez testemunhas, todas de acusação. O conselho de sentença é composto por sete jurados — quatro mulheres e três homens.
Na manhã do julgamento, uma das principais testemunhas a depor foi Carlos Marinho, amigo de Juninho e também vítima do ataque. Ele estava com o laçador no momento do crime e foi baleado várias vezes. Carlos sobreviveu, mas precisou passar mais de 15 dias internado devido à gravidade dos ferimentos. Familiares relataram ao g1 que sua sobrevivência foi considerada “um milagre”.
A mãe de Carlos contou que ele havia começado a trabalhar no haras apenas quatro dias antes do crime, junto com Juninho. Ambos estavam dentro de um carro, estacionado em frente ao local, quando foram surpreendidos por atiradores. Juninho foi atingido por 11 disparos e morreu no local. Carlos foi baleado pelo menos quatro vezes e socorrido em estado grave.
Ré apontada como mandante do crime
Ana Clara Marquezini é acusada de ter orquestrado o assassinato por não aceitar o fim do relacionamento com Juninho e o fato de que ele havia iniciado um novo namoro. Segundo as investigações, ela teria planejado a morte do ex-companheiro por ciúmes e vingança.
A ré não foi julgada junto aos outros envolvidos em 2024 porque, de acordo com o TJ-RO, seu advogado apresentou um atestado médico alegando problemas de saúde, o que adiou o processo contra ela.
Outros envolvidos já foram condenados
Em novembro de 2024, os dois homens acusados de executarem o crime foram condenados. Kaio Cabral da Silva Pinho, apontado como autor dos disparos, recebeu uma pena de 25 anos e 8 meses de prisão. Fellype Gabriel da Silva, também envolvido no assassinato, foi condenado a 23 anos. Ambos devem cumprir suas penas em regime fechado.
O caso segue em julgamento e deve ter desfecho ainda nesta sexta-feira. A expectativa é grande por parte de familiares, amigos da vítima e da comunidade, que aguardam justiça pelo assassinato do jovem laçador.