A arma usada para matar uma garota de programa em Aparecida de Goiânia pertence a um policial militar que é namorado da suspeita, segundo o delegado Rogério Bicalho informou nesta quinta-feira (12). De acordo com as investigações, o homem estava com a companheira, de 19 anos, no momento do crime. A jovem confessou à polícia que matou a amiga por dívidas de quando as duas moravam juntas.
“O policial militar estava momento da briga entre as duas. Ele disse em depoimento que, durante a discussão, a namorada o abraçou, pegou sua arma e atirou na vítima. Vamos ainda ouvir outras testemunhas que estavam no local para confirmar a dinâmica de como aconteceu esse crime”, explicou o delegado.
Ketlen Lorrane Carvalho, de 21 anos, foi baleada na rua de uma boate no Sítio Santa Luzia na madrugada de domingo (8). A autora do crime fugiu do local.
Embora a jovem tenha se apresentado e confessado o crime dois dias depois, ela vai responder em liberdade, pois não havia mais flagrante. O nome dela e do policial não foram divulgados.
Em nota, a PM informou que “tomou conhecimento do fato e, por meio da Corregedoria, determinou a instauração do procedimento legal para apurar as circunstâncias que envolvem o caso concreto”.
Segundo a Polícia Civil, o policial se apresentou à Corregedoria da PM e entregou a arma usada no crime. A pistola foi, em seguida, encaminhada ao Grupo de Investigação de Homicídio de Aparecida de Goiânia.
Bicalho explicou que, somente após o depoimento das demais testemunhas será possível definir se o policial pode responder por algum crime.
Discussão por dívida
O investigador acrescenta que as duas mulheres moraram juntas por três anos e há um mês a vítima se mudou da residência. Desde então, elas começaram a brigar e discutiam frequentemente, segundo informações levantadas pela polícia.
“As duas eram garotas de programa e tinham uma briga porque a vítima, aparentemente, não quis pagar uma dívida de despesas de quando moravam juntas”, disse o delegado.
O valor da dívida não foi informado pela suspeita à polícia. Apesar da versão da jovem, o caso segue em investigação para apurar se há outra motivação.
Por Vitor Santana, G1 GO