Foi recolhido ao pátio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Vilhena, o avião “guinchado” depois de fazer um pouco forçado numa plantação de soja nos arredores da cidade. A aeronave desceu após receber aviso de caças da FAB que o monitoravam, de que seria abatido (ENTENDA AQUI).
Após a aterrisagem, o piloto fugiu e não foi capturado. A suspeita de que haveria drogas no interior do avião não se confirmou, mas algumas informações exclusivas levantadas pela reportagem podem explicar a aterrisagem e a fuga desesperada do aviador.
A reportagem obteve a informação de que o avião é um Cherokee Six modelo Piper PA-32-300, cujo ano de fabricação é 1968. O monomotor, no entanto, está com o Cerificado de Aeronavegabilidade vencido desde o dia 03 de dezembro de 1987. Portanto, não poderia voar há 34 anos.
O avião pertence a uma empresa prestadora de serviços de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e tem autonomia de voo de apenas 1.300 quilômetros. Isso indica que ela teria sido interceptada no espaço aéreo próximo a Vilhena, em cujo aeroporto o piloto deveria ter pousado.
O mais impressionante é que, ao que tudo indica, o avião desgovernado (não tinha plano de voo, portanto, não se sabe de onde vinha e para onde seguia) é um “clone”. Ele estaria usando o prefixo de um outro avião do mesmo modelo, que está estacionado no aeroporto de Uberlândia e, como mostra a imagem secundária, sem nenhuma condição de operar.
A PF segue tentando localizar o piloto, que pode revelar a utilização do avião “pirata”, que poderia ser utilizado para pousar também em garimpos clandestinos na Amazônia.
Fonte: Folha do Sul