O advogado Sidnei Sotele foi executado à tiros na tarde desta terça-feira em Cacoal em frente à Câmara Municipal. Logo após os tiros, os bandidos atearam fogo no carro utilizado no crime.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), a vítima estava na companhia de um colega, quando criminosos chegaram em um carro branco, desceram e efetuaram diversos disparos de arma de fogo. Sidney foi baleado e morreu na hora, no gramado do jardim da Câmara.
Já o amigo dele, Gideão Francisco da Silva, também foi baleado e socorrido ao pronto-socorro do Heuro de Cacoal. Gideão é servidor da Câmara. O estado de saúde dele não foi divulgado.
Depois do crime, os suspeitos fugiram em um carro. Minutos depois, o veículo usado no ataque foi abandonado e incendiado em uma rua de Cacoal. Ninguém foi preso ou identificado pelo assassinato de Sidney. Ainda não se sabe a motivação do ataque.
Procurador
Sidney havia sido nomeado procurador geral da câmara de vereadores de Cacoal na semana passada. Ele também era advogado e, nos últimos anos, fez uma extensa carreira de atendimentos jurídicos em municípios da região da Zona da Mata.
Sidney trabalhava também como advogado da Prefeitura de Ministro Andreazza que foi alvo da Operação Feudo, deflagrada pela Polícia Federal no dia 10 de abril. Ele estava entre os presos na ação que investigava, desde de 2015, fraudes em procedimentos licitatórios em obras de saneamento básico no município.
De acordo com a PF, as análises indicam que os membros da organização criminosa manipularam a licitação, direcionando o vencedor do contrato milionário da obra de saneamento básico da cidade.
O valor da licitação vencida pela empresa foi de R$ 18 milhões e até a quarta-feira (10 de abril) foram executados aproximadamente 65% dos serviços de saneamento básico, e comprovados cerca de R$ 3 milhões em prejuízos. O trabalho contou com a participação de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).
Via Painel Político