A mulher suspeita de ter matado a própria mãe em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, alegou ter agido em legítima defesa. Camila Mayumi Kanayama, de 26 anos, foi presa em flagrante depois de ser localizada ao usar um nome falso em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba.
Ela prestou depoimento à polícia e foi encaminhada para custódia na Central da Flagrantes.
“Foi em legítima defesa. […] Ela chegou, eu falei ‘será que agora posso ter meu celular de volta?’ e ela falou ‘não sei, vamos conversar’. E nisso ela foi e pegou uma máquina de choque no quarto dela e começou a me dar várias laseradas (sic), não sei como chama. Eu falei ‘para, para’ e ela não parava. Aí tentei tomar dela, ela pegou uma faca e eu tomei a faca da mão dela”, afirmou à delegada.
Camila também afirmou que a mãe chegou a acertá-la com a faca e também a tentou morder. Os advogados Igor José Ogar e Igor José Pinto, que defendem a jovem, ressaltaram que ela agiu em legítima defesa.
Nos autos, o caso é tratado como feminicídio.
Doraci do Rocio Kanayama, de 58 anos, morreu na quinta-feira (9). Ela chegou a ligar para outro filho pedindo socorro, mas ele já encontrou a mãe morta em casa.
Camila e o irmão tiveram uma luta corporal e, depois, ela fugiu do local e foi para Curitiba.
“Ele começou a me puxar pelo cabelo pra fora, daí começou a me espancar, me espancar. Daí eu vi que não ia poder ajudar e saí”, contou.
Também no depoimento, a jovem afirmou que toma remédios para tratamento psiquiátrico.
Com a suspeita a polícia encontrou um celular com carregador, cerca de R$ 550 e moedas em dólar, também um tablet e duas chaves de carro. Os itens foram apreendidos.
A Polícia Civil investiga o caso.