Jorge José da Rocha Guaranho, o bolsonarista ensandecido que invadiu uma festa de aniversário e assassinou o guarda municipal Marcelo Arruda, que era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) foi aprovado no concurso para agente penitenciário federal em 2010 e se mudou para Porto Velho, em Rondônia, onde fez o curso preparatório para a carreira.
A informação está em seus registros de trabalho, divulgados por conta das investigações sobre o assassinato.
Após a passagem pela capital rondoniense, ele ingressou no presídio de Cantanduvas, no Paraná, e foi morar em Foz do Iguaçu, a aproximadamente 190 quilômetros do trabalho.
Embora seja descrito pela família como uma pessoa calma e sem histórico de violência, o policial penal já respondeu a processo por desacato à autoridade.
A briga em que o agente se envolveu, dessa vez com dois policias militares, também ocorreu numa festa, em 2018, em Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro; um caso que foi posteriormente arquivado.
Antes de ser policial penal federal, Guaranho passou pelas forças militares do Rio. Nascido em Magé, ele exerceu a função de policial militar entre março de 2007 e agosto de 2008, quando deixou a corporação para integrar o Corpo de Bombeiros do estado do Rio.
Nas redes sociais, declarava seu apoio a Jair Bolsonaro (PL) e a pautas defendidas pelo presidente, como flexibilização do porte e posse de armas e contrárias ao aborto. Numa ocasião, Guaranho lembrou o período em que esteve na PM, afirmando que eram “bons tempos, pena que ganhava tão pouco”. Em sua ficha da PMERJ não há nenhuma anotação disciplinar.
Guaranhos está hospitalizado após ser baleado pelo petista, que revidou à invasão de seu aniversário de 50 anos. Arruda deixou um filho de 40 dias de vida.