Pimenta Bueno (RO) – Após quase dois meses de buscas, a Polícia Civil prendeu uma mulher de 24 anos acusada de tentativa de homicídio. A prisão aconteceu nesta semana em uma fazenda localizada na zona rural de Espigão do Oeste, a cerca de 30 quilômetros da cidade. A ação foi realizada por investigadores do SEVIC (Serviço de Vigilância, Investigação e Captura) de Pimenta Bueno, após trabalho de inteligência e denúncias recebidas pela corporação.
A acusada, Gislaine Silva Bezerra, era considerada foragida desde o dia 11 de março, dois dias após o ataque que chocou a população de Pimenta Bueno. Na ocasião, durante um evento no parque de exposições da cidade, ela esfaqueou Gleiciele Pereira Oliveira, de 31 anos, 13 vezes, em um ato que foi classificado pela polícia como de extrema violência e frieza.
Segundo informações do inquérito, o crime foi resultado de uma sequência de duas discussões entre as mulheres durante a festa. Testemunhas relataram que a vítima foi atingida inicialmente com uma facada no peito e caiu no chão. Gislaine continuou a agressão mesmo assim, desferindo diversos golpes na cabeça, costas, ombros e pulmões da vítima. Inicialmente, chegou-se a divulgar que a vítima havia levado 25 facadas, número depois corrigido para 13 pelas autoridades médicas.
Apesar da gravidade dos ferimentos, Gleiciele sobreviveu ao ataque e continua em tratamento médico. Já Gislaine, mesmo tendo anunciado por meio de advogado que se entregaria, não o fez e acabou sendo declarada foragida. Contra ela foi expedido mandado de prisão preventiva, que foi cumprido sem resistência no momento da abordagem policial.
A prisão foi apresentada pelo delegado Dr. Luiz Felizardo, titular da Delegacia de Polícia de Pimenta Bueno. O inquérito policial, recentemente concluído, indiciou a jovem por tentativa de homicídio qualificado. Ela foi levada ao Presídio de Pimenta Bueno, onde permanecerá à disposição da Justiça. O caso está registrado sob o número 7001230-68.2025.8.22.0009.
A decisão judicial que fundamentou a prisão preventiva destaca a gravidade do crime, tanto pela quantidade de golpes quanto pela forma como foi executado em um local público e cheio de pessoas, o que representou risco a terceiros. As autoridades ressaltaram ainda o alto grau de violência e a periculosidade da acusada.
O caso segue sob acompanhamento das autoridades e novas informações poderão ser divulgadas no decorrer do processo.