Ninguém sabe bem o que esperar do mercado automotivo para 2021. É claro que não é animador começar o artigo dessa forma, mas é verdade. Afinal de contas, vivemos uma pandemia em que muita coisa parece ter mudado, com elementos praticamente imprevisíveis agindo a todo momento. Fica muito difícil ter alguma previsibilidade em um cenário tão caótico assim.
No entanto, dá para traçar algumas possibilidades do que esperar para o ano de 2021. É fato que, aos poucos, a pandemia deve perder força, ainda que demore bastante para isso e aconteça mais em outros países do que no Brasil. Além disso, existem alguns outros elementos que parecem claros também. Portanto, dá para conjecturar a partir disso e se posicionar no mercado do jeito certo.
E aí, quer saber o que esperar do mercado automotivo para 2021? Então siga a leitura abaixo!
O que esperar do mercado automotivo para 2021: 5 tendências
1. Vendas de seminovos e usados
Uma das principais tendências do mercado automotivo para 2021 é o aumento de vendas de seminovos e usados. Esse fluxo conversa muito com o item número 5 da nossa lista, então vamos falar sobre isso com mais detalhes a seguir.
O que é preciso entender é que a pandemia do novo coronavírus aumenta a necessidade das pessoas de terem um carro próprio. Afinal, ir trabalhar de ônibus, trem ou metrô é muito arriscado, já que não há como fazer distanciamento social e muitas pessoas não usam máscaras nesses ambientes.
Por isso, quem precisa trabalhar presencialmente e não pode fazer home office, precisa de um automóvel para usar e se proteger do vírus. No entanto, além da escassez de carros no mercado por causa das pausas nas produções das montadoras, os veículos novos ainda estão cada vez mais caros (houve um aumento de 10% nos preços no último ano).
Assim, plataformas de vendas de seminovos e usados, como a Sul Carro, OLX, iCarros ou Mercado Livre, se tornaram cada vez mais populares e terão um impacto maior para as revendedoras ou para o mercado particular mesmo.
2. Foco na Internet e digital
Como a pandemia do novo coronavírus tem deixado as pessoas em casa, saindo apenas para o essencial, as visitas às concessionárias físicas têm ocorrido em números cada vez menores.
Assim, as estratégias de venda migraram para o digital, com foco nas ferramentas que a Internet tem a oferecer. Por exemplo, muitas concessionárias e revendas montaram showroom digital, com fotos e vídeos dos seus carros, e integração com o WhatsApp (presente em 99% dos smartphones do Brasil). A ideia é que o consumidor veja o automóvel e entre em contato via WhatsApp com um vendedor.
É uma estrutura um pouco rudimentar ainda, mas que traz resultados para quem só pode vender pela Internet. Veremos cada vez mais negócios assim e com bons índices de sucesso.
3. Aceleração da migração para eletrificados
Que o mercado está indo em direção aos carros elétricos e híbridos, ninguém duvida. No entanto, a velocidade dessa migração pode acelerar um pouco por causa da pandemia do novo coronavírus e, provavelmente, veremos isso em 2021.
O primeiro ponto que prova isso é que, ao contrário das vendas de carros a combustão, o volume de negócios de automóveis elétricos não se alterou negativamente por causa da pandemia.
Em segundo lugar, muitas novas gerações ou versões de carros a combustão estão fracassando no mercado justamente porque o clima não é bom o suficiente para trocar de automóvel.
Com isso, as montadoras vão enxugar o catálogo e dar mais foco para as soluções híbridas e elétricas. Aqui no Brasil, falta estrutura para isso, mas talvez esse movimento seja o impulso para mudar a situação.
4. Ano das SUVs e picapes
Quem manteve o ritmo e até aumentou as vendas foram os carros utilitários, como SUVs e picapes. Basta ver como o Fiat Strada foi o carro mais vendido de março de 2021. Além disso, o Chevrolet Tracker, o Jeep Renegade e o Compass, além do Hyundai Creta, todos ficaram no Top 10 de vendas.
A explicação para isso pode estar no fato que, proporcionalmente, quem compra SUVs e picapes é uma classe mais rica, que teve uma queda menor na renda na pandemia. Já quem compra hatches e sedãs mais baratos é a população de classe média, que teve uma queda maior. Portanto, em termos proporcionais, o mercado virou mais para SUVs e picapes do que para hatches e sedãs.
5. Escassez de automóveis
Por fim, vale mencionar que podemos esperar muita escassez de automóveis em 2021. Afinal de contas, a maioria das fábricas de montagem de carros do Brasil estão paralisadas no momento, o que diminui muito o ritmo de produção de veículos.
A escassez de automóveis faz com que o preço deles suba e isso leva o público para o mercado de seminovos e usados, como mencionamos antes.
Pronto! Agora você já sabe o que esperar do mercado automotivo para 2021. Deu para ver que será um ano que vai misturar coisas boas, com cenários ruins. Portanto, será preciso que empresas da área, assim como consumidores, possam se preparar para um período turbulento e com altos e baixos. No entanto, lembre-se de que um período assim tem os seus baixos, sim, mas também sem seus altos.
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