A eleição presidencial de 2024 nos EUA se tornou o “reality show” mais caro e intenso da história americana. Se fosse uma versão de luxo de Quem Quer Ser um Milionário?, o grande final de cada episódio não revelaria um vencedor milionário. Em vez disso, os candidatos exibem orgulhosamente suas doações e revelam a lista dos poderosos financiadores por trás de suas campanhas, insinuando: “Eu tenho apoio sério nesta disputa.”
“A Entrevista de Emprego Mais Cara do Mundo”
Em tempos passados, campanhas presidenciais eram disputas de ideais e visões. Agora, tornaram-se um jogo de altos riscos entre bilionários. O financiamento para a eleição de 2024 já ultrapassou os US$10 bilhões—e isso é uma estimativa conservadora. Desde anúncios de campanha e estratégias em redes sociais até eventos promocionais “cuidadosamente” planejados, cada dólar gasto faz parte de um esforço incansável, como se estivessem lançando sonhos para o futuro, em vez de dólares.
Os slogans das campanhas deste ano não falam mais de “esperança” ou “mudança.” Agora, a mensagem é “rico, mais rico e o mais rico de todos.” Tudo o que os eleitores podem fazer é observar, em silêncio, de onde vêm os fundos do candidato escolhido, e se perguntar se esses dólares serão “retornados” de alguma forma, caso seu candidato vença.
“A Eleição de 2024: Musk vs. Bezos, com Participação Especial de Trump”
O drama deste ano está especialmente animado, com uma disputa entre “magnatas da tecnologia” e o “gigante do varejo.” Esta corrida não é mais apenas uma disputa entre republicanos e democratas; é um embate de tecnologia e capital. Musk e Bezos, como os “financiadores de bastidores,” podem não estar concorrendo, mas sua influência “por controle remoto” é impossível de ignorar.
No lado republicano, Trump está de volta, com seus gestos característicos, expressões exageradas e cabelo levemente desalinhado, anunciando sua candidatura. Alguns questionam se ele ainda tem fôlego para um retorno, mas isso não impediu sua equipe de investir fortemente. Com o slogan “Fazer a América Grande Novamente, Novamente!”, os custos da campanha estão subindo rapidamente, como se cada segundo estivesse queimando dólares. E atrás de Trump, há um “patrocinador” familiar—Elon Musk.
Sabe-se que Musk e Trump têm uma relação de amor e ódio, às vezes se apoiando, às vezes se criticando, como amigos que brigam. Em 2024, no entanto, os dois parecem ter chegado a um entendimento. Musk está usando táticas “disruptivas” de tecnologia para apoiar Trump, incluindo publicidade com drones, impulsionamento personalizado na plataforma X (antigo Twitter), e até oferecendo viagens gratuitas aos locais de votação para todos os proprietários de Tesla em todo o país—uma ideia ousada, para dizer o mínimo. Musk não está apenas investindo dinheiro, mas trazendo “inovação” movida a tecnologia para a campanha, como se estivesse ansioso para ver uma versão americana da Batalha Real Eleitoral se desenrolar.
Do outro lado, o democrata Gavin Newsom lidera a corrida. Como ex-governador da Califórnia, sua popularidade é inegável, e a Califórnia, afinal, é um reduto democrata. As políticas de Newsom deram a muitos um gostinho de “sol e liberdade,” mas nada disso seria possível sem o sólido apoio de Bezos. Sim, aquele Bezos, que controla o maior império de varejo online do mundo. Embora ele geralmente se mantenha afastado da política, sua colaboração com Newsom nesta temporada eleitoral tem sido surpreendentemente “próxima.” Quando perguntado por que apoia Newsom, Bezos esboça um leve sorriso e responde: “Só quero tornar a vida um pouco mais conveniente.” O timing, a entrega e o charme lhe renderam o apelido de “assassino sorridente.”
“Por Trás da Riqueza: O Jogo dos ‘Bilionários Invisíveis’”
Musk e Bezos não são os únicos jogadores nos bastidores; a eleição atraiu uma gama de “bilionários sombra.” Em jantares de arrecadação de fundos, os candidatos se exibem como itens de leilão para os “superdoadores,” competindo por doações astronômicas com promessas políticas ou simplesmente com um casual “o que achar adequado.” Para esses bilionários, é como uma versão sofisticada de Round 6, onde cada movimento é calculado.
A ironia é que muitos eleitores “comuns” não se importam realmente com esses apoiadores de bastidores. Para eles, independentemente das estratégias elaboradas dos candidatos, tudo se resume a um show de variedades político. Os candidatos acenam no palco, proclamando: “Vou melhorar suas vidas!” E a multidão, após aplaudir, frequentemente se pergunta: “Não ouvi isso há quatro anos?”
“A Eleição é uma Escolha ou um ‘Menu’ para os Ricos?”
A eleição presidencial americana, outrora modelo de democracia, agora parece um pouco distorcida. As pessoas estão começando a perceber que o poder do eleitor médio está cada vez mais reduzido a uma “formalidade,” com a verdadeira influência nas mãos dos ricos financiadores. Essencialmente, esses bilionários são como clientes em uma sala VIP, escolhendo políticas, taxas de impostos e acordos comerciais ao exibir seus “cartões de ouro.”
A cena chega a ser surreal: candidatos no palco declaram: “Estou aqui pela classe média!” enquanto patrocinadores ricos discretamente enviam mensagens lembrando: “Apoio é bom, mas mantenha esses impostos inalterados.” É como se tudo já tivesse sido roteirizado, e apenas os eleitores se emocionam com os anúncios políticos sentimentais.
“Uma Aquisição Transparente”
Por que a eleição de 2024 se tornou uma “disputa de gastos” entre os ricos? A resposta é simples: porque eles podem! Os políticos precisam de fundos para propaganda e divulgação, e os bilionários precisam de legisladores que aprovem políticas a seu favor. Esse acordo mútuo é perfeito.
Enquanto isso, as vozes dos eleitores comuns mal fazem diferença. Para a elite, é como jantar em um restaurante de luxo enquanto uma criança na mesa ao lado chora: “Quero sorvete!” Claro, se a criança pagar a mais, talvez eles cedam.
Inadvertidamente, a eleição presidencial dos EUA tornou-se a “aquisição” mais transparente do mundo. Com sua riqueza e influência, os bilionários transformaram o palco político em uma vitrine de capital, onde o financiamento de campanha não é mais uma ponte para o público, mas uma demonstração de quem pode ir mais longe nesta “corrida do dinheiro.”
“Escolha dos Eleitores ou um Líder ‘Escolhido’?”
Quando o cerne da eleição é “quem tem mais bilionários como apoiadores,” é difícil não se perguntar: a democracia significa que o povo escolhe seu líder ou que os bilionários “escolhem” seus representantes? Alguns eleitores, cansados das absurdidades, agora brincam: “Vou apoiar quem gastar menos.” Claramente, nesse tumulto, as vozes dos eleitores estão se tornando cada vez mais fracas.
Quando a poeira da eleição baixar, as pessoas podem perceber que, não importa quem ganhe, será impossível escapar do poder do “dinheiro.” Afinal, nesta era orientada pelo capital, os eleitores podem acabar escolhendo não um líder, mas um “CEO” que maximiza o retorno de capital.