O prefeito da cidade ucraniana de Kherson, Ihor Kolykhaiev, declarou nesta quarta-feira (2) que os militares da Ucrânia não estão mais na localidade e que seus habitantes devem agora cumprir as instruções de “pessoas armadas que vieram para a administração da cidade”, indicando que agora ela está sob controle da Rússia.
O anúncio foi feito por meio de uma postagem no Facebook e acontece após vários dias de pressão pelas forças russas que cercaram a cidade.
Kherson é uma cidade estrategicamente importante em uma enseada do Mar Negro com uma população de quase 300 mil habitantes.
Míssil em Kiev
Os destroços da um míssil de longo alcance disparado pela Rússia atingiram uma estação ferroviária em Kiev, capital da Ucrânia, provocando uma grande explosão na tarde desta quarta-feira (2). A estação de trem estava sendo utilizada para receber mulheres e crianças que procuravam abrigo em meio ao conflito. Segundo informações preliminares cedidas pelo prefeito de Kiev, não há registro de vítimas.
De acordo com um conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, as forças ucranianas interceptaram o míssil. Até o momento, ainda não há a confirmação de qual seria o alvo original da ofensiva russa.
O ataque teria cortado o fornecimento de aquecimento para partes da capital ucraniana em meio a temperaturas congelantes do inverno europeu, disse o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, em uma publicação.
Enquanto os confrontos continuam no território ucraniano, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que reconhece o presidente Volodymyr Zelensky como líder da Ucrânia. Lavrov afirmou ainda que os negociadores russos estão prontos para a segunda rodada de conversas.
Em publicação nas redes sociais, o Kremlin afirmou que o presidente Vladimir Putin conversou com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, sobre a operação militar na Ucrânia.
A quarta-feira também foi marcada pela aprovação da resolução da ONU, condenando a invasão russa à Ucrânia.
Durante esta tarde, a Casa Branca anunciou novas sanções à Rússia e Belarus, incluindo medidas para dificultar o acesso dos países a mais material bélico e tecnologia. Os EUA e aliados também trabalham para identificar 22 entidades russas relacionadas ao setor de Defesa, que ajudam na operação contra a Ucrânia.
Ainda nesta quarta, porém, o departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia e imagens geolocalizadas pela CNN. O conselho da cidade de Mariupol também disse que a cidade ao sul estava sob controle ucraniano, mas travada em batalhas com tropas russas.
O Ministério da Defesa russo também anunciou nesta quarta que as forças armadas tomaram a cidade de Kherson. Autoridades ucranianas rebateram e afirmaram que ainda estão no controle da região, que fica ao sul.
Destaques das últimas 24 horas
- Ministro das Relações Exteriores da Rússia reconhece liderança de Zelensky na Ucrânia
- Destroços de um míssil atingiram a estação central de Kiev; não há registro de vítimas
- O Kremlin anunciou que Vladimir Putin conversou com o premiê israelense sobre a invasão
- Nesta quarta-feira (2), os EUA anunciaram novas sanções à Rússia e Belarus, incluindo a limitação do acesso a materiais bélicos
- ONU aprova resolução contra invasão da Rússia na Ucrânia
- Rússia e Ucrânia terão 2ª rodada de negociações
- O total de refugiados que deixaram a Ucrânia desde o início da guerra é de quase 836 mil, diz ONU
- Mais de 2 mil ucranianos já morreram, diz serviço de emergência estatal; conselheira do país na ONU menciona 352 óbitos
- Ministério da Defesa russo diz que 498 soldados morreram, enquanto 1.597 estão feridos
- OMS informa que suprimentos médicos para Ucrânia chegam na quinta-feira (3)
- Em vídeo divulgado nesta quarta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que “a Rússia quer acabar com o nosso país e com a nossa história”
- O departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar nesta quarta
- Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as forças armadas do país tomaram a cidade de Kherson, no sul da Ucrânia – autoridades ucranianas negam
- Na terça-feira (1º), Biden anunciou o fechamento do espaço aéreo americano para a Rússia e disse que Vladimir Putin está ainda mais isolado
Números da guerra
Mais de 2.000 civis ucranianos foram mortos até esta quarta-feira durante a invasão da Rússia, segundo o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.
Outras informações sobre as vítimas circulam simultaneamente. Em um discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU, a representante da delegação ucraniana afirmou que pelo menos 353 ucranianos haviam sido mortos — entre eles, 16 crianças.
Segundo último informe da agência de Direitos Humanos das Nações Unidas, os números eram outros — apesar da ponderação de que poderiam ser “muito maiores” de antemão. Neste levantamento, foi constatado que pelo menos 136 civis foram mortos, incluindo 13 crianças, e 400 ficaram feridos.
O número de soldados russos mortos no conflito foi de 498, segundo o Ministério da Defesa da Rússia. Também há outros 1.597 feridos até o momento. A Ucrânia, por outro lado, aponta 7 mil mortes de soldados russos.
Ataque em Kiev
De acordo com um conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, as forças ucranianas interceptartam um míssil de longo alcance disparado pela Rússia na tarde desta quarta-feira (2). Até o momento, ainda não há a confirmação de qual seria o alvo original do ataque russo.
Os destroços da artilharia acabaram causando uma grande explosão em uma estação ferroviária em Kiev. A estação de trem estava sendo utilizada para receber mulheres e crianças que procuravam abrigo em meio ao conflito.
Segundo informações preliminares cedidas pelo prefeito de Kiev, não há registro de vítimas.
De acordo com o governo, as baterias antiaéreas das forças de interceptação de mísseis da Ucrânia realizaram o ataque defensivo no momento em que o projétil russo ainda estava em sua trajetória.
O ataque teria cortado o fornecimento de aquecimento para partes da capital ucraniana em meio a temperaturas congelantes no inverno, disse o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, em uma publicação.
A empresa ferroviária estatal ucraniana Ukrzaliznytsya afirmou que o prédio da estação sofreu pequenos danos e os trens continuam operando.
Via CNN – Leia mais em https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ao-vivo-russia-ataca-a-ucrania/