‘A dor nunca vai passar’ – irmão de Antonieli cobra por justiça em caso de feminicídio de Pimenta Bueno

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Antoniel e Antonieli Nunes — Foto: Arquivo Pessoal/Antoniel Nunes

“Hoje é um dia muito difícil para nós, mas também é um dia de luta”, afirma Antoniel Martins, irmão de Antonieli Nunes Martins, morta em fevereiro de 2022. Gabriel Henrique é acusado de matar a vítima para não assumir a paternidade do filho que ela esperava.

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O julgamento do caso começou na manhã desta segunda-feira (24) em Pimenta Bueno (RO) sem a presença de Gabriel. Em relato ao g1, o irmão da vítima conta que espera que o julgamento seja um marco na luta contra a violência e feminicídio.

“A dor pela perda da minha irmã nunca vai passar. Espero que a justiça seja feita, não só para minha irmã, mas para todas as mulheres que foram vítimas de violência e feminicídio”, declarou.

O caso

Antonieli e Gabriel tinham um relacionamento extraconjugal. Ele, que era casado, contou que teve um ataque de pânico depois de descobrir que ela estava grávida e a atacou com “mata-leão” enquanto ambos estavam deitados “de conchinha”.

Gabriel Henrique Santos Souza Masioli e Antonieli Nunes Martins — Foto: Reprodução/Facebook

A vítima foi encontrada morta em cima da cama por familiares com sinais de asfixia e perfuração no pescoço por um objeto cortante.

Em depoimento, Gabriel contou que teve um “ataque de ansiedade” quando soube da gravidez. Ele revelou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, “de tanto que havia apertado o pescoço” dela.

Julgamento

Após três anos do crime, o réu será julgado pelo Tribunal do Júri por feminicídio e também responderá pelo crime de abordo, já que a vítima estava grávida quando foi morta. Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), 16 testemunhas devem ser ouvidas durante o julgamento.

Desde que foi pronunciado pelo feminicídio de Antonieli e abordo do filho que ela esperava, Gabriel, por meio de sua defesa, entrou com diversos recursos, pedindo, por exemplo, a nulidade do depoimento que ele deu à polícia confessando o crime.

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