O crime que ocorreu no início do ano passado e abalou a opinião pública em Cerejeiras teve seu desfecho na justiça esta semana.
Acusado de matar o próprio avô para roubar Toyota Corolla dele, o motorista Willyan Barbosa Lima, 28, foi condenado a 30 anos e 15 dias de prisão.
O crime aconteceu no dia 17 de janeiro de 2019, no bairro Jardim São Paulo, em Cerejeiras. A vítima, o idoso Pergentino Leopondino da Silva, de 81 anos, foi morto com golpes de uma barra de ferro na cabeça. Ele estava na cama, dentro do próprio quarto, onde morava sozinho. Após matar o idoso, Willyan levou o automóvel da vítima, vendeu-o e adquiriu uma moto com o valor da venda do carro.
Três dias depois, por causa do odor que incomodava os vizinhos, o corpo da vítima foi encontrado pela polícia. A família do idoso desconfiou do neto porque ele e o avô tinham uma relação conflituosa, e também porque o acusado apareceu com uma moto sem explicar a origem do dinheiro para adquirir o veículo.
Na época, preso pela polícia, Willyan chegou a envolver outra pessoa no crime, um amigo para quem ele mesmo vendeu o carro roubado do avô. No entanto, do decorrer do processo, foi provado que o amigo tinha comprado o carro sem saber da origem e que não foi possível encontrar provas de que ele participou do crime.Com isso, o amigo foi inocentado.
Embora tenha havido um assassinato no crime, o caso não foi julgado no Tribunal do Júri – que julgam crimes contra a vida. Segundo informações de um jurista que trabalhou no processo, a Justiça entendeu o crime como latrocínio, que é roubo seguido de morte, sendo o assassinato decorrente do furto – não sendo, neste caso, um crime especificamente contra a vida.
O neto da vítima já estava preso na cadeia pública de Cerejeiras, onde passará as próximas três décadas, se o rigor da aplicação for igual ao rigor da promulgação da pena.
Via Folha do Sul – Por Rildo Costa