A Justiça converteu em preventiva a prisão de Laryssa Yasmin Pires de Moraes, acusada de assassinar a facadas a própria filha, Júlia Félix de Moraes, 2 anos, na madrugada dessa quinta-feira (13/2). Diante disso, ela não poderá responder ao processo em liberdade. O crime aconteceu na quitinete onde elas moravam, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
Laryssa foi presa horas após o crime e confessou ter asfixiado a bebê, além de ter dado dois golpes de faca no tórax da menina. Ela passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (14/2), na Vara Criminal e Tribunal do Júri de Águas Claras.
A juíza Flávia Pinheiro Brandão Oliveira destacou que há prova da materialidade dos fatos e indícios suficientes de autoria. “Verifica-se que a segregação cautelar da autuada faz-se necessária para a garantia da ordem pública, dada a extrema gravidade dos fatos que lhe são imputados”, afirmou na decisão.
Ela recuperou ainda o depoimento de Laryssa junto à Polícia Civil, em que admitiu ter pego o colchão do berço onde estava a filha, colocado no chão da cozinha e, em seguida, usado uma faca afiada para tentar furar o pescoço da menina. Contudo, teria hesitado e, por essa razão, fechou os olhos ao golpeá-la.
Em seguida, a criança teria sangrado muito e resmungado, então, ela teria colocado um pano sobre a boca da menina. Nesse momento, Laryssa teria pegado outra faca, que estava com a ponta quebrada, ido ao quarto onde o pai de Júlia dormia e o atingido no rosto, “em movimento como se fosse fazer a barba”.
O homem então acordou assustado, de acordo com o depoimento, e ela o mostrou a criança ensaguentada, deitada no chão da cozinha. A juíza também resgatou o depoimento do pai. “Disse que teria acordado no momento em que foi golpeado com a faca, tendo dito ter ficado desesperado ao ver a filha ferida.”
Despedida
Dezenas de pessoas se reuniram na manhã desta sexta-feira (14/2) no Cemitério de Padre Bernardo (GO) para o velório de Júlia Felix. A cerimônia teve início às 8h e gerou grande comoção de parentes e conhecidos da família. A avó materna da criança não teve forças para falar e foi acolhida com abraços de conhecidos. A chegada do caixão branco deixou muitos presentes incrédulos e alguns não conseguiram permanecer dentro da capela onde ele foi colocado.
Via Correio Braziliense – Mariana Machado