Em 2006, Cláudia Vieira Maciel atuava como juíza substituta na 6ª Vara Cível da comarca de Porto Velho. Lá, ela conheceu uma competente servidora, com nome de joia e puro carisma. Quatorze anos depois, a mesma juíza, agora titular da 1ª Vara Criminal de Rolim de Moura, ganha o Selo Ouro na “Categoria Criminal Interior”, na premiação que leva o nome daquela que a assessorou anos atrás: Pérola Juraszek.
Desde segunda (10), os magistrados posicionados no ranqueamento anual do Poder Judiciário de Rondônia estão sendo entrevistados para contar sobre a experiência referente ao ano de 2019.
“Este prêmio é um reconhecimento muito grande para o legado dela. Quando nós ficamos sabendo da premiação, chamei a equipe e falei para tentarmos. Estávamos trabalhando com outras metas e estabelecemos uma certa estratégia. Por ter conhecido a Pérola, esse selo tinha um sabor especial, e queríamos participar ativamente da homenagem feita a ela”, conta a magistrada.
Assim como todas as varas do Poder Judiciário de Rondônia, a 1ª Vara Criminal de Rolim de Moura também contava com metas da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) e do Conselho Nacional de Justiça (CGJ), além da judicância pontuada pelo Prêmio Pérola Juraszek.
Por ser uma Vara Criminal Única na comarca, possui quantitativo de processos consideráveis, três unidades prisionais, além de acumular competências do Júri, violência doméstica e execuções penais. Demandas que necessitam de ritos diferenciados e cuidados específicos.
“Nosso trabalho sempre foi uma evolução e sempre crescemos. Aprendemos em todas as fases, inclusive agora com a pandemia, que está nos ensinando novas formas de trabalhar. Até nisso estamos crescendo, porque estamos experimentando novos horizontes. Estar aberto a novas tecnologias e mudanças nos fará melhorar”, contextualizou a juíza.
Com 12 anos na magistratura rondoniense, a juíza, de origem paranaense, destaca o orgulho de pertencer a um Tribunal de vanguarda, que, além de oferecer programas como o Pérola Juraszek, desempenha um trabalho de excelência, cujo esforço resulta em selos reconhecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A equipe, formada pelos servidores Ronilson Eler Rosa, Solange Aparecida Gonçalves, Érica Cristina Sartori, Ozeias Soares Freitas, Patrícia Regina Brandelero, Fernando Rafael Santos de Oliveira, Willian Henrique Pauli, Thaís Ferreira de Oliveira, Alexsei Geldon de Oliveira Janoski e Paulo Artur Sette dos Santos, também foi reconhecida.
“Esse prêmio é de uma equipe. Todos foram fundamentais. Não fosse esse apoio e união, não teríamos conseguido. Sempre tive muita alegria com todos os que eu trabalhei, isso é muito bom”, garantiu.
E essa gratidão se estendeu à Pérola Juraszek, relembrada pela juíza por sua determinação, garra e inteligência.“Mesmo com a limitação que a doença trouxe, ela era um exemplo de superação. Tinha um carisma especial e excelência nas atividades que desempenhava. Trabalhar com a Pérola era uma satisfação. Eu me sentia muito bem assessorada”, contou a juíza.
Conheça a equipe da 1ª Vara Criminal
Prata e Bronze
A 1ª Vara Criminal da Comarca de Ouro Preto do Oeste foi Selo Prata na premiação.
O juiz Rogério Montai, que atuava na unidade na época, agradeceu a oportunidade e reconheceu a importância da iniciativa. “O Prêmio não aborda apenas números de produtividade, mas traz reconhecimento a magistrados e servidores dedicados aos seus papéis de agentes públicos, oferecendo à sociedade o melhor que uma Justiça pode oferecer: celeridade processual com qualidade. Estamos felizes pelo reconhecimento e orgulhosos de integrar essa bela homenagem à Pérola Juraszek”, pontuou.
Selo Bronze
A 3ª Vara Criminal da Comarca de Ariquemes foi condecorada com Selo Bronze; sua titular é a juíza Juliana Couto Matheus Maldonado Martins.
“Sempre persegui a qualidade na prestação jurisdicional e acredito que a celeridade é apenas uma das consequências da dedicação e apreço de uma equipe profissional construída ao longo de 9 anos comigo. O prêmio permite dizer que a “família” da 3ª Vara Criminal de Ariquemes, composta por abnegados servidores, não mede esforços para atender o jurisdicionado com qualidade e presteza. Da mesma forma, os atores da justiça contribuíram para a meta, a exemplo dos advogados, e, especialmente, membros do Parquet e integrantes da Defensoria Pública, pois cumpriram, diuturnamente, seus deveres constitucionais.
Na perspectiva pessoal, tenho a felicidade de contar com um marido que é membro do Ministério Público e, sendo conhecedor das agruras de meu cargo de magistrada, sempre me apoia profissionalmente. Da mesma forma, conto com o auxílio de minha mãe, presente quando tenho que me fazer ausente em razão dos deveres funcionais. E, por fim, tenho lindos filhos que, mesmo com tenra idade, reconhecem e valorizam o trabalho exercido por mim como mãe deles. Esse conjunto de valores trazem um sabor especial ao reconhecimento deferido pelo empenho da 3ª Vara Criminal de Ariquemes, principalmente porque servem como incentivo ímpar e capaz de restabelecer a crença de que pequenos atos contribuem para mudar o mundo”, disse a juíza.
Sobre o prêmio
O Prêmio Pérola Juraszek é uma boa prática do Poder Judiciário de Rondônia, proposta pela Corregedoria-Geral da Justiça de Rondônia (CGJ-RO), para reconhecer, anualmente, as unidades judiciárias pelos resultados alcançados na prestação jurisdicional.
Esse desempenho é comprovado por meio do posicionamento das unidades premiadas no Sistema de Ranqueamento da CGJ Eolis. O índice de pontuação é definido pelos indicadores “Arquivamento e Judicância”. As três unidades melhores posicionadas foram classificadas com selos “Ouro”, “Prata” e “Bronze”.
Cerimônia
A iniciativa da CGJ foi aprovada pelo Pleno, em 28 de janeiro de 2019. O resultado e a premiação estavam previstos para janeiro de 2020, mas teve que ser adiado devido à pandemia. A cerimônia está prevista para o dia 17 de agosto, por meios virtuais.
Via assessoria/TJ RO