Um produtor rural (pecuarista) de Alta Floresta do Oeste, atualmente residindo em Rolim de Moura, registrou um boletim de ocorrência na terça-feira (9), denunciando ter sido vítima de um golpe que resultou em um prejuízo superior a R$ 67 mil. O caso envolve a venda de 21 novilhas da raça Nelore, que não foram pagas pelo suposto comprador.
Segundo o produtor W.K., os animais, com idade entre 25 e 36 meses e marcados com o símbolo “WK”, foram vendidos sob a promessa de pagamento via Pix ao intermediador identificado como J.P.G.S., conhecido como “J. Moreno”, morador de Rolim de Moura. A venda teria sido realizada para a Fazenda Juliana, no município de Chupinguaia, sendo que o suposto comprador seria um homem chamado Mateus. No entanto, até o momento, nenhum valor foi repassado ao produtor.
O carregamento dos animais ocorreu no dia 7 de abril, quando o motorista C.A.L.C. chegou à propriedade de W.K. com um caminhão Ford Cargo 2422, placas MSC8H02, contratado por J. Moreno. O frete foi pago no valor de R$ 1.500,00. O gado foi descarregado na linha 188, km 15 (lado Norte), e recebido por duas pessoas de confiança de João Moreno, identificadas como G.S.P. e C.S.P.
No dia seguinte, o próprio João Moreno e outro homem, identificado apenas como J.P., retornaram ao local com um caminhão Mercedes-Benz 1620 vermelho. Eles transportaram 20 novilhas para a linha 152, km 3,5, zona rural de Novo Horizonte D’Oeste, e deixaram uma novilha em outro local para abate e comercialização da carne.
De acordo com informações levantadas pelo produtor, o local onde os animais foram levados pertence a um indivíduo conhecido como “Leitão”, filho de W.M.J., o qual teria transferido R$ 54.888,00 para a conta de J. Moreno, acreditando se tratar de uma transação legítima.
A última novilha foi retirada ainda na mesma noite por J. Moreno, em uma caminhonete Ford F-1000 branca com listras vermelhas, completando o sumiço do rebanho.
O caso foi registrado na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Rolim de Moura, onde W.K. solicitou investigação imediata. Ele destaca que o dinheiro da venda estava destinado ao pagamento de uma cirurgia urgente de seu filho, que ficou internado em estado grave na UTI em dezembro do ano passado. “Até hoje, não conseguimos quitar toda a dívida com o hospital”, lamentou emocionado.
A Polícia Civil investiga o paradeiro de João Moreno e espera o comparecimento dos envolvidos para prestar esclarecimentos. O produtor espera que os responsáveis sejam responsabilizados e que, ao menos parte do prejuízo, possa ser recuperado.
Obs: Lembramos ainda que não há nenhuma decisão judicial acerca do caso e foi apenas um fato registrado, virgorando assim o princípio da inocência.