Kaique Sales Prudêncio foi julgado nesta última terça-feira, 12, pelo Júri Popular da comarca de Rolim de Moura pelo crime de homicídio ocorrido em 15 de dezembro de 2022, na cela 5 da Casa de Detenção de Rolim de Moura. Ele foi condenado a 14 anos e 7 meses de prisão, inicialmente em regime fechado.
A vítima, Gustavo Lopes Martins, tinha problemas mentais e estava preso há poucos dias na época. De acordo com os autos, o crime foi motivado por um motivo fútil: a vítima tentou subtrair um vidro de amaciante que pertencia ao acusado. Kaique então desferiu socos e chutes na cabeça e no peito de Gustavo, que posteriormente foi estrangulado e asfixiado com um lençol.
Durante o júri, testemunhas informaram que Kaique espancou Gustavo duas vezes. Na primeira, a vítima foi se deitar, mas foi arrastada novamente e asfixiada até a morte. Após a agressão, o acusado tentou simular um suicídio, amarrando o corpo da vítima na grade de ventilação da cela.
As testemunhas ainda relataram que, após o crime, Kaique lavou a cela com um balde, tentando ocultar a verdadeira causa da morte. Durante o júri, foi informado que Kaique redigiu um documento à direção do presídio, onde está preso atualmente, afirmando pertencer à facção criminosa Comando Vermelho e pedindo para ser colocado na ala dos faccionados.
No júri, Kaique negou a autoria do crime, mas exames de corpo de delito comprovaram hematomas em suas mãos. Testemunhas, ou seja, os presidiários que estavam na cela naquela noite, apontaram Kaique como o autor do crime.
Os promotortes de justiça do Ministério Público, Maíra e Mateus foram importantes durante o julgamento, pois apresentoiu aos jurados e os presentes ali, uma série de provas que confirmou o assassinato de gustavo como sendo o autor Kaique.
A defesa por sua vez, limitou-se a dizer que o acusado poderia estar passando por problemas mentais devido ao mesmo estar tomando alguns medicamentos na época, porém os laudos de tais indícios, e não de comprovação, apresentados são de outubro de 2023, quase um ano após o crime. A tese da defesa não convenceu os jurados e o mesmo acabou sendo condenado.