Justiça condena Bradesco a pagar R$ 100 mil por assédio racial e moral em Rolim de Moura

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Placa com logomarca do banco Bradesco na avenida Berrini, zona sul de São Paulo — Foto: Marcelo Brandt/G1

A Justiça do Trabalho condenou o Banco Bradesco a indenizar em R$ 100 mil um ex-funcionário vítima de assédio moral e racial em uma agência localizada no município de Rolim de Moura, em Rondônia. A decisão foi proferida pelo juiz José Roberto, da Vara do Trabalho local, que considerou as ofensas praticadas pelo superior hierárquico como violação à dignidade da pessoa humana.

De acordo com a denúncia, o trabalhador era frequentemente chamado de “negão” de forma pejorativa por seu chefe direto. Além disso, o mesmo superior zombava do desempenho profissional da vítima, comparando seus resultados a um “voo de galinha” — expressão usada para insinuar que ele inicialmente batia metas, mas logo perdia rendimento.

Na sentença, o magistrado destacou que o tratamento humilhante, repetido ao longo do tempo, configura assédio moral, conduta que pode causar sérios prejuízos à saúde mental e emocional da vítima. José Roberto ressaltou que atitudes como essas ultrapassam os limites do ambiente profissional e ferem princípios fundamentais do trabalho digno.

Como parte da decisão, o juiz também determinou o envio de um ofício ao Ministério Público de Rondônia, com cópia da sentença, para que sejam adotadas medidas cabíveis quanto à prática de injúria racial, conforme previsto na legislação penal brasileira.

A reportagem do g1 procurou o Banco Bradesco para saber quais providências foram tomadas em relação ao funcionário denunciado, mas até o momento da publicação não houve resposta.

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