A professora Claudineia Custodio da Silva, de 38 anos, faleceu em casa na cidade de Chupinguaia após um infarto fulminante. A tragédia, ocorrida na última quinta-feira, dia 1º, deixou a família em uma situação delicada, principalmente em relação à filha mais nova da professora.
O filho mais velho de Claudineia, um operador de máquinas agrícolas de 20 anos, compartilhou vídeos mostrando a resistência da irmã de 9 anos em ser levada para morar com o pai em Pontes e Lacerda, Mato Grosso. Segundo ele, no dia do sepultamento de Claudineia, o ex-marido, de quem ela estava separada há seis anos, apareceu em Chupinguaia e tentou levar a filha à força.
Acompanhado por dois homens que se apresentaram como policiais, o pai da menina insistiu em levá-la. O irmão confirmou que pelo menos um dos homens era de fato um policial de Mato Grosso. Diante da reação da menina e da família, o pai desistiu de levá-la naquele momento, mas prometeu voltar e ficar com ela, com ou sem autorização. O irmão planeja buscar a guarda da menina na justiça.
O pai, que segundo o irmão não paga pensão e raramente se comunica com a filha, tentou usar a força para levá-la no dia em que ela havia sepultado a mãe. A família autorizou a publicação de vídeos que mostram a menina chorando, segurando o vestido da mãe falecida e explicando por que não quer morar com o pai, incluindo alegações de maus-tratos pela madrasta. No entanto, o site optou por preservar a menina.
O irmão também mencionou que a menina passou 15 dias na casa do pai durante as férias escolares no ano passado, mas pediu para voltar devido a desentendimentos com a madrasta.
Claudineia pertencia a uma família pioneira em Chupinguaia. Ela passou mais de um ano morando em Rolim de Moura e havia retornado à sua cidade natal há quatro meses.