Problemas políticos
Rolim de Moura, sempre foi um município cheio de lambanças políticas, principalmente nos aspectos de afastamento de prefeitos ao longo de seus quase quarenta anos de emancipação política. Fragilizada politicamente na última eleição, onde os maiores nomes de expressão política no Estado, como os dois senadores da República, Valdir Raupp e Ivo Cassol, foram destronados do Congresso Nacional e, além deles, os deputados federais, Luiz Cláudio e Marinha Raupp. Ressaltando que Ivo Cassol, por ter embaraços jurídicos não disputou a reeleição, ficando o município praticamente “natimorto”, visto que sobrou apenas o vice-governador, que até o momento nada carreou para a municipalidade.
Sem perspectivas
As perspectivas da campanha passada, residia na candidatura ao Governo do Estado do ex-senador Expedito Júnior, onde a mídia a menos de três dias para ocorrer as eleições, davam como certo, sua vitória no primeiro turno, mas, um desconhecido Coronel Rocha Matos, contrariando os institutos de pesquisas e oportunizado pela onda Bolsonaro, lhes arrebatou a eleição. Sem a figura de um representante também no legislativo estadual, Rolim de Moura, sofre agonisadamente e não tem para onde recorrer, visto, que quase um ano e meio de administração, o governador só compareceu uma única vez, assim mesmo, para inaugurar uma obra do governo anterior.
Momento inoportuno
Considerado um município onde a política é uma dinâmica, que corre nas veias dos rolimourenses, mas, todo esse embate e desgaste político geram atritos insossegáveis, causando sempre turbulências e engessando a prosperidade do município. É deveras sofrível para a coletividade, em conviver dentro de um mandato de menos de quatro anos, onde já existiu a posse de três prefeitos, num momento delicado em que estamos passando, assistir cotidianamente a troca de alcaides como se fosse uma brincadeira de ciranda cirandinha.
Turbulência política
O prefeito Luizão do Trento, aguarda recurso junto ao TSE e, alguns analistas políticos e advogados, cogitam o retorno ao cargo ainda no início da semana que vem. O prefeito em exercício, presidente da Casa de leis, Lauro Lopes, pelo que se sabe ainda não montou todo seu secretariado, ao que tudo indica, está aguardando resultados finais para alicerçar seu governo. Fontes atreladas ao prefeito Luizão do Trento, andam informando em redes sociais, que no mais tardar até terça feira, o prefeito retornará ao palácio Senador Olavo Pires. À população a cada dia que passa, fica irrequieta pois a cidade estava com um grande volume de obras em andamento e, com essa permuta termina gerando atrasos inconcebíveis, com novos secretários alheio as pastas.
Sutilezas nas articulações
Mesmo com as expectativas de o prefeito Luizão do Trento, retornar ao cargo, já se vê muitas mobilizações dos legisladores da Casa Mirim, buscando articulações para uma possível eleição indireta. As costuras políticas correm foram dos gabinetes, onde tem uns três edis interessados em participar desse certame eleitoral via indireta. Dois desses postulantes a cadeira do Casarão de Madeira, já são conhecidos como pré-candidatos às eleições esse ano e, caso vençam através de eleição indireta, provavelmente continuará na disputa normal, gozando da força do poder municipal.
Lista extensa
Com a onda da pandemia do Coronavirus ou Covid 19, a lista de pré-candidatos aumenta de forma numerosa em Rolim de Moura. Essa semana, circulou nas redes sociais, que o empresário no ramo de implementos agrícolas e combustíveis, popularmente conhecido como Rominha da Moto Motores, será virtual candidato ao palácio Senador Olavo Pires. Além dele, elencamos vários nomes que também possuem os mesmos interesses. Vereador Aldo Júlio, Marcelo Belgamazzi, Rodnei Paes, Fabrício Melo, prefeito em exercício, Lauro Lopes, professora Luzenir e o vereador Uender Nogueira. Existe também a possibilidade do vereador Alisson Ferreira, entrar no páreo da cadeira do Casarão de Madeira, que por sinal, a partir do próximo ano, será realmente um palácio mais aconchegante.
Desaparecidos
Enquanto a pandemia avança a política também vai ganhando alardes, com discussões se emenda para 2022 ou se fica para outubro ou até mesmo dezembro, até os congressistas não se entendem qual mesmo a data correta. Aqui na capita da Zona da Mata, o burburinho já está em efervescência embora ninguém fala no nome dos grandalhões da política local. Os ex-senadores Ivo Cassol, Valdir Raupp e Expedito Júnior, praticamente não são vistos na lide política local, os ex-deputados federais Luiz Cláudio e Marinha Raupp, idem, provavelmente pensam em tocar os projetos mais alvissareiros rumo à Brasília, daqui a dois anos.
Quadro desanimador
A coisa não está fácil pra ninguém, esse colunista que circula diariamente por diversas ruas e avenida da cidade, anda assustado com o número de residências que estão com placas de anúncios de vendas. Esse demonstrativo geralmente não é muito agradável pois não é um fato isolado, deixando a entender que muitos moradores querem deixar a nossa cidade. Outro fato estranho, são os anúncios de que estão alugando somente a posse do terreno, visto que no local não existe nada construído, ou seja, ele não tem vontade de desfazer do imóvel, mas, busca uma renda mantendo a especulação imobiliária, apesar da crise.
Omissão legislativa
A futura Câmara de Vereadores de Rolim de Moura, vai ter que levar a sério no quesito fiscalização asfáltica da cidade. É inadmissível a qualidade do nosso asfalto que em poucos dias viram verdadeiros pedregulhos, fazendo com que o dinheiro desça pelo ralo. Um produto que é caríssimo o quilômetro, as autoridades não podem mais fazer do faz de conta que não enxergam. Ao longo dos anos o município é vítima desse acinte, sendo de péssima qualidade por falta de uma rigorosa fiscalização. Se no centro está insuportável a trafegabilidade, nos arrabaldes da cidade o que se vê são imensas crateras, principalmente na Sete de Setembro e na avenida São Paulo.
Evento tradicional
O Centro Educacional de Rolim de Moura, que há anos promove uma das maiores festas do município em alusão as festas juninas, inclusive fazendo parte do calendário turístico e com a participação de vários segmentos da sociedade, provavelmente não realizará o evento entre julho e agosto, em decorrência do vírus. Essa festa é muito importante para a instituição, visto, que sua arrecadação ajuda manter muitos serviços essenciais para as pessoas que frequentam o CER. Vamos torcer para que tudo isso passe logo, e que a festa possa acontecer normalmente, nem que seja fora de época, mas, sem essa arrecadação sem dúvida vai impactar muitos serviços de ordem administrativa.
Por Fernando garcia – Porta aberta 31 de maio de 2020