Através de uma reportagem publicada pelo Folha do Sul Online e reproduzida pelo Planeta Folha, na semana passada, uma jovem de Vilhena, que fará 22 anos no mês de setembro, reencontrou, no Piauí, as duas irmãs que nem sabia que existiam.
A história dramática das garotas foi contada pelo site, que revelou uma trajetória de dores e perdas, narrada pela mais nova delas. A menina de 17 anos (FOTO) concedeu a primeira entrevista procurando a mais velha que, segundo um tio, estava morando em Vilhena (LEMBRE AQUI).
Ao ser entrevistada, a vilhenense disse que sempre foi informada pela mãe que era adotada. Segundo contou, a mãe biológica, grávida, acompanhando outros ciganos da família, estava fazendo uma rota que passava por Vilhena, quando a bolsa estourou.
A jovem explicou que um pacto entre o grupo de ciganos, do qual seus pais faziam parte, estabelecia que todos os bebês do sexo feminino deveriam ser descartados.
A gestante cigana foi levada, naquele ano de 1998, para o Hospital Regional de Vilhena, e a mãe adotiva da jovem, que trabalhava na unidade de saúde, ajudou no parto. Quando a mãe biológica se recusou a amamentar o bebê e um parente ameaçou jogá-lo embaixo de uma ponte, a profissional de saúde decidiu acolher a recém-nascida.
Após 2 dias no Conselho Tutelar, a garota, que pediu ao site para que seu nome fosse preservado, foi levada pelo casal com o qual vive até hoje. “São os melhores pais do mundo”, declarou, acrescentando que, quando tinha 5 anos, os parentes ciganos quiseram retomá-la, “mas graças a Deus não conseguiram”.
A moça disse que quando uma amiga mandou o print da reportagem publicada, ela começou a chorar de emoção: “até bati a porta do carro do meu pai, de tanta alegria”, revelou, anunciando que pretende se encontrar com as duas irmãs recém-encontradas. Mas avisa: “quero distância da mulher que me pôs no mundo. Mãe é quem cria”, finalizou.
Fonte: Folha do Sul