A ex-miss Acre do ano de 2018, Hyalina Lins Farias, era para ter tido uma terça-feira, 11, de muita comemoração. Afinal, a bela jovem de 21 anos, é um dos nomes que constam na segunda chamada do Sisu 2020 para cursar medicina na Universidade Federal do Acre (UFAC), curso cobiçado por milhares de candidato do Acre e de outros estados do país.
Mas o que deveria ser só felicidade, acabou em polêmica. É que assim que foi divulgada a segunda chamada e foi percebido que Hyalina foi chamada por ter concorrido na modalidade L9, que é destinada a candidatos com deficiência, que tenham renda bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas pública, como determina a Lei 12.711/2012, o assunto se espalhou pelas redes sociais.
Muitos internautas se utilizaram do fato da jovem postar em suas redes sociais fotos de viagem e eventos para denunciar que Hyalina não possui os requisitos necessários para concorrer a vaga e estaria tirando a oportunidade de alguém que se encaixa no perfil de deficiente e baixa renda.
Rapidamente fotos da jovem em praias, sendo capa de revista e em desfiles de moda se espalharam pelas redes sociais.
Hyalina Farias foi procurada pelo ac24horas. De forma muito tranquila, preferiu não responder diretamente aos comentários.
Declarou possuir baixa visão desde os 5 anos de idade e ser de baixa renda, além ter estudado sempre em escolas públicas. Afirmou ainda que namora e que constantemente é levada pelo companheiro para viagens. Disse ainda que está tranquila, até porque vai passar por uma rigorosa análise para ter direito a vaga no curso de medicina.
Leia a nota enviada por Hyalina:
Sou Hyalina, 21 anos, sou estudante de pré-enem há um ano, solteira, filha de pais separados, minha mãe é professora de geografia na rede pública e sempre foi muito rígida em relação a estudos mesmo sem poder pagar colégios particulares.
Infelizmente desde os 5 anos de idade possuo baixa visão, quadro que se agravou mais ainda com a idade. Atualmente namoro e frequentemente meu companheiro me leva a viagens com ele, fato que não diz respeito a minha renda pessoal e de minha família.
Ao me matricular no exame nacional do ensino médio (ENEM), declarei o que é direito meu por lei e serei submetida a uma rigorosa análise da banca como qualquer aluno, a vaga será cedida para o próximo da lista caso não haja comprovação.
Via AC24Horas – PorLeônidas Badaró