Sabemos que o Beach Tennis foi criado a partir de uma prática recreativa chamada de frescobol e que ganhou reconhecimento na província italiana de Ravena, em meados de 1980.
Desde que se tornou profissional, na década de 1990, a entidade responsável por fiscalizar o tênis nas quadras e nas praias é a ITF, ou Federação Internacional de Tênis.
Segundo o órgão, o Beach Tennis já é praticado por mais de 500 mil pessoas, espalhadas por todos os continentes. Mas e o Brasil, quando passou a ser visto como uma das maiores potências do esporte?
Quando a modalidade chegou ao Brasil?
Para além de sua riqueza cultural, nosso país é conhecido por suas diversas e exuberantes regiões litorâneas. E foi precisamente em uma delas que se desenvolveu a prática do Beach Tennis.
A modalidade chega ao Brasil em 2008, no estado do Rio de Janeiro, onde se populariza. Logo se desenvolve ao redor do país, incluindo cidades não praianas, como Brasília, Belo Horizonte e Araraquara.
Embora tenha conquistado seu lugar nos centros urbanos, os tenistas dessa modalidade parecem preferir as paisagens naturais. Entre as cidades com o maior número de praticantes estão Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Santos, Guarujá e Florianópolis.
A capital catarinense também é conhecida por ser a primeira cidade brasileira a sediar um campeonato profissional de Beach Tennis, seguida pelo Rio de Janeiro.
Os dois primeiros torneios oficiais de Beach Tennis em solo brasileiro ocorreram em dezembro de 2010, com apenas uma semana de separação entre eles.
Como se explica o sucesso do Beach Tennis no Brasil?
O brasileiro já tem uma predisposição aos esportes de areia. É o maior vencedor da Copa Mundial de Futebol de Areia, com 14 títulos, e um dos maiores medalhistas olímpicos no voleibol de praia.
Além disso, temos a maior costa marítima do continente e algumas das mais belas praias do mundo, com destaque para a Praia do Sancho, Fernando de Noronha, a quarta mais bonita do mundo para a agência canadense FlightNetwork.
O Beach Tennis é também uma opção excelente para cuidar do bem-estar físico e mental, uma vez que colabora para o fortalecimento muscular e para um maior gasto energético, além de promover ganhos em coordenação motora, condicionamento e agilidade.
Já imaginou todas essas vantagens somadas à cultura praiana inerente ao brasileiro e à nossa tendência aos esportes de areia? É sucesso garantido!
Por que é importante que o esporte seja regulamentado?
Para além do papel da Federação Internacional de Tênis, há quem planeje, organize e regulamente a prática do Beach Tennis em âmbito nacional.
Este é o trabalho desenvolvido pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), responsável pelas diferentes modalidades e variações do tênis brasileiro, das quadras às areias.
Além de fomentar o esporte para todo o país, a Confederação garante aos seus atletas, treinadores, preparadores físicos e árbitros um ambiente de trabalho saudável.
Durante a pandemia do coronavírus, por exemplo, a Confederação desenvolveu um protocolo que reforçava as medidas de segurança impostas, aplicando-as aos praticantes de Beach Tennis num eventual retorno às quadras.
A CBT também aposta na colaboração com os atletas, a partir de uma comissão presidida pelo tenista João Menezes, que tem direito a voto nas Assembleias Gerais.
E quem se destaca dentro das quadras?
Fatores como uma boa regulamentação ou uma certa predisposição para atividades nas areias das praias não garantem, sozinhos, o status de potência mundial conquistado ao longo dos anos.
São os atletas que merecem o destaque, e os tenistas brasileiros se destacam em todas as categorias, seja no simples ou em duplas, no feminino, masculino ou por equipes.
Entre as mulheres, a catarinense Rafaella Miiller ocupa a primeira posição do ranking mundial da ITF, desde 2019. Já Joana Cortez, medalhista panamericana do tênis de quadra, foi a primeira do mundo no Beach Tennis em 2013 e 2014.
Miiller conquistou o Mundial de Beach Tennis, em 2019, junto da alemã Maraike Biglmaier. Com a carioca Joana, conquistou quatro títulos panamericanos: 2019, 2018, 2017 e 2016.
No masculino, embora o favoritismo seja da Itália, o Brasil conta com dois representantes na lista da ITF: o brusquense André Baran (6º) e o carioca Vinicius Font (7º), atuais campeões panamericanos.
Quem também entrega excelentes resultados ao Brasil são as equipes mistas. No Mundial de Beach Tennis por equipes, em 2019, os brasileiros conquistaram o tricampeonato numa final contra a Rússia, a dona da casa. Para mais informações, conheça o site da Beach Tennis BRA.
Pronto, agora você já sabe por que o Brasil é considerado uma potência mundial do Beach Tennis. Por que não se inspirar em nossos maiores atletas e começar a praticar?!