O pedido de prisão internacional e extradição de Robinho e Ricardo Falco, condenados em última instância no dia 19 de janeiro, a 9 anos de prisão por estupro coletivo, estão cada vez mais próximos de chegar no Brasil.
O documento foi enviado na manhã desta terça-feira (15) pela Procuradoria de Milão ao Ministério da Justiça italiano. A informação foi confirmada por uma fonte da procuradoria.
O pedido foi assinado pela procuradora Adriana Blasco na noite desta segunda. Blasco, que trabalha no departamento de execução de penas, recebeu o caso dos brasileiros no final de janeiro, 12 dias após a Corte de Cassação, terceira e última instância da justiça italiana, ter confirmado a condenação de Robinho e Falco por terem participado a um estupro de grupo em 2013, numa boate de Milão.
Durante a investigação do caso, o promotor Stefano Amendola, que também foi o responsável pela denúncia em primeira instância no Tribunal de Milão, havia pedido uma medida de prisão cautelar para o atacante e o amigo por risco de fuga, mas não foi concedido.
Além de Robinho e Falco, outros quatro homens também teriam participado da violência, mas como não foram encontrados durante as investigações, a justiça italiana abriu um outro processo para eles que se encontra atualmente suspenso.
O próximo passo no rito de procedimento é o envio do pedido de prisão internacional à Interpol que incluirá os nomes de Robinho e Falco na lista vermelha de procurados.
Após a justiça italiana ser notificada da localização e eventual prisão dos brasileiros, eles poderão ser extraditados.
Mas por conta da Constituição brasileira, que não permite a extradição de seus cidadãos, dificilmente Robinho e Falco serão mandados para uma prisão italiana.
Por Janaina Cesar colaboração para a CNN em Veneza